Há mais de uma década, oriento trabalhos de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens do CEFET-MG. Antes disso, orientei pesquisas de iniciação científica e de trabalhos de conclusão de curso (de graduação e de especialização), tanto no CEFET-MG quanto em outras instituições de ensino. Em anos mais recentes, com a aprovação do curso de doutorado, passei também a orientar pesquisas nesse nível e a receber pesquisadores/as em estágio pós-doutoral na instituição.
Muitos trabalhos foram defendidos sob minha supervisão, mas contando com grande diligência dos/as estudantes envolvidos/as. Tenho muito orgulho de ter participado das trajetórias de vida e profissional dessas pessoas, que dividiram comigo, na maioria das vezes, mais que tempos de aula, leitura e escrita.
Atualmente, oriento mestrandos/as e doutorandos/as das linhas 3 e 4, isto é, em linguagem, educação & tecnologia e em estudos de edição. Alguns aparecem aqui embaixo:
Quando a editora Moinhos trouxe livros da poeta portuguesa Adília Lopes pro Brasil, eu fiquei feliz da vida. Gravei esta leitura pra ajudar a divulgar. Amo este poema.
Depois de passar por algumas escolas da rede privada, em BH, com destaque para duas experiências interessantes: Companhia do Ensino e Escola da Serra; de trabalhar como professora contratada ou substituta na PUC Minas Coração Eucarístico e na Faculdade de Letras da UFMG; de atuar como professora e coordenadora de área de língua portuguesa no Centro Universitário Una; e de ser editora assistente ou assistente editorial nas editoras Lê, Formato, Cooperativa Médica e Del Rey… fiz um concurso que mudou as condições da minha vida e do meu trabalho.
No Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – CEFET-MG, comecei como professora do ensino médio, mas logo migrei para as graduações em engenharia. Não havia o Departamento de Linguagem e Tecnologia, muito menos os cursos de Letras e de pós-graduação. Já havia a especialização em Linguagem e Tecnologia, onde também atuei, ficando responsável pela reformulação do curso.
Dei aulas de português para fins específicos nas engenharias por cerca de cinco anos, lá também orientando bolsistas de Iniciação Científica e monitores do Laboratório de Cognição e Linguagem, tudo no campus II (são três campi em Belo Horizonte e oito no interior de Minas). Trabalhei diretamente na Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação, atuando como coordenadora de divulgação científica e tecnológica, editora da revista científica Educação e Tecnologia (reformulando-a) e como organizadora de dois grandes e tradicionais eventos da instituição: a Semana de Ciência e Tecnologia e a Mostra Específica de Trabalhos e Aplicações (META).
Enquanto isso, fazia doutorado na UFMG, pesquisava e escrevia, atenta também à movimentação dos cursos de especialização em revisão e em edição na cidade. Minha tese teve grande apoio do CEFET-MG.
Participei da escrita da graduação em Letras e dos cursos de pós (mestrado e doutorado em Estudos de Linguagens) e fui professora em todos eles, em suas primeiras etapas, às vezes dando disciplinas fora de minhas especialidades. No Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens, fui coordenadora algumas vezes e ainda atuo como vice do professor Renato Caixeta.
Mais de dez anos passados, atuo mais estavelmente ministrando aulas de Redação no Ensino Médio, disciplinas de edição no bacharelado em Letras (Tecnologias da Edição) – em especial a matéria ‘de degustação’ Contexto Social e Profissional – e disciplinas das linhas 3 e 4 no Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens (Posling).
Nos anos recentes, ofereci oficinas de revisão de textos e uma disciplina sobre Mulheres na Edição no curso de Letras. Coordeno também ali o projeto de extensãoAula Aberta.
Na pós-graduação, alterno disciplinas de edição (‘4) e sobre letramento e educação (‘3), nas quais oriento pesquisadores e pesquisadoras, bolsistas ou não. Também supervisiono pesquisadores/as em estágio pós-doutoral.
O CEFET-MG é uma instituição centenária, multicampi e com milhares de estudantes, em três níveis de ensino. Tem vocação nas ciências exatas, desde sua origem, claro, mas, nos anos mais recentes de sua história, passou a investir na diversificação de sua oferta e no diálogo com as áreas de educação, linguagens e tecnologias, no que fomos bem-sucedidos/as.
A carga de trabalho é intensa, a vida não é fácil, mas a maravilha de atuar em uma escola pública, gratuita e de qualidade nos dá força e coragem para os empreendimentos que temos feito lá, que sabemos ser todos de impacto social e econômico importante. Nestes anos de existência de nossa área de Letras, temos noção do quanto movimentamos o espaço à nossa volta e a vida de muitas pessoas.
Muita coisa boa e interessante acontece no CEFET-MG, que obteve nota máxima na avaliação mais recente do MEC. Não podia ser diferente. Vejamos uma das mais recentes, em comemoração aos 150 anos da tabela periódica.
Temos sempre muito o que melhorar, claro. Não é simples manter uma instituição grande e diversa. Mas temos caminhado democraticamente e em clima de colaboração.
Esta coleção é uma parceria com os amigos editores Nathan Magalhães (Moinhos) e Pablo Guimarães (Contafios). Conversamos muito, sempre, e também pensamos nas lacunas bibliográficas sobre os estudos de edição, inclusive como campo independente, não como subárea ou linha de pesquisa. E daí passamos a compor um catálogo, que foi inaugurado com um livro meu que reúne textos esparsos: Livro – edição e tecnologias no século XXI (2018).
O segundo volume desta coleção foi organizado pela colega Marta Passos Pinheiro e por nossa então mestranda Jéssica Tolentino. Chamou-se Literatura infantil e juvenil: campo, materialidade e produção (2019). O segundo, também em 2019, foi uma tradução importante: Sociologia da Literatura, da pesquisadora francesa Gisèle Sapiro, em tradução de Juçara Valentino.
Esta coleção nasceu de uma parceria minha com o editor e ex-orientando Joubert Amaral, que fundou e dirige a editora Gulliver, especializada em literatura infantil, mas que também atua por meio de selos e coleções. Neste caso, o selo Artigo A fica encarregado de publicar livros acadêmicos.
Diante da percepção de que faltava, no mercado editorial, uma bibliografia acadêmica sobre preparação e revisão de textos, decidimos inaugurar a coleção, cujo nome funciona como subtítulo de todos os volumes.
Começamos com meu Em busca do texto perfeito (2016), que reúne trabalhos publicados esparsamente, que ganham novo fôlego, depois de revistos e atualizados. Em seguida, a nosso convite, lançamos Quem mexeu no meu texto, coletânea da professora Luciana Salazar Salgado (2017), da Universidade Federal de São Carlos.
O terceiro volume é de autoria do professor José de Souza Muniz Jr. (CEFET-MG), que, também a nosso convite, soma à coleção um volume chamado Tinha um editor no meio do caminho (2018). E em 2019, as professoras Daniella Lopes e Juliana Assis, colegas da PUC Minas, instituição pioneira na formação especializada de revisores/as de textos, apresentam nosso quarto volume, intitulado No ritmo do texto.
Os livros desta coleção têm circulado bastante, chegando a revisores e revisoras de várias partes do país. É claro que já existiam manuais e livros sobre revisão, aqui e ali, mas a bibliografia acadêmica continua escassa e espalhada, fato que fortalece nossa ideia de publicar uma coleção.
Pesquisa financiada pela Fapemig (2018-atual), em colaboração com as colegas professoras Maria do Rosário Alves Pereira e Paula Renata Melo Moreira.
Conduzimos juntas, desde 2019, o grupo de estudosMulheres na Edição, com leituras mensais de textos indicados. Já somos mais de 90 pessoas cadastradas e interessadas.
No âmbito deste projeto, já tivemos alguma divulgação e vários produtos.
Pesquisa em andamento sobre história da edição no Brasil, em especial narrando as trajetórias das mulheres.
De minha participação em um congresso de americanistas em Salamanca, 2018, derivou esta colaboração em um dossiê da revista Lectora, de Barcelona. ‘¿Una empresa de mujeres? Construir la Re(d)pública de las Letras: Editoras iberoamericanas contemporáneas’ foi organizado pela professora e pesquisadora Pura Fernandez. Nesta ocasião, tratei das editoras contemporâneas Relicário e Chão da Feira.
Na revista Pontos de Interrogação (2019), trabalhei com a história da editora Boitempo e de sua fundadora, Ivana Jinkings.
Eu e Sérgio Karam (UFRGS) produzimos este artigo sobre coleções brasileiras que publicaram mulheres. Primeiro o apresentamos no III Coloquio Argentino de Estudios sobre el Libro y la Edición, em Buenos Aires, em 2018; depois, ajustado, publicamos na revista chilena Amoxtli, a convite dos editores.
Pesquisa que coliderei com a querida Carla Coscarelli (UFMG), com financiamento da Fapemig, 2016-2019. São produtos deste projeto vários artigos, entre eles os que seguem:
Texto meu com Carla Coscarelli na revista MATLIT, dossiê derivado de nossa participação em um congresso em Portugal.
Pesquisa de pós-doutorado desenvolvida entre 2015 e 2016, com afastamento total (sem bolsa), sob a supervisão da professora Constância Lima Duarte no Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da UFMG e imersão no Acervo de Escritores Mineiros.