Que cansaço! Chega esta época, a gente já está pedindo arrego. Só penso em dormir. E dei o azar de viver este calorão fora do normal em BH, ao ponto de ter dificuldades para pegar no sono. Logo eu!, que sou boa de cama. 🙂
Hoje formei mais uma mestra em Estudos de Linguagens, a Isabella Ferreira, com um belo trabalho sobre as escritoras negras nos livros didáticos brasileiros de PNLDs recentes. Ou a ausência delas… Uma banca luxuosa comentou o trabalho e pronto: mais uma professora da educação básica altamente qualificada. Alegria! Emoção!
Na sequência será a vez da Nelma Monfardini, que foi nossa aluna de graduação em Letras e já vai se formar mestra. Outra banca luxuosa nos aguarda com comentários que só melhorarão a versão final do trabalho.
Temos ainda as aulas que encerram o ano, com seminários e entregas de textos; cursos breves; processo seletivo da pós; encontro do grupo Mulheres na Edição; e faz um ano que recebi o Jabuti Juvenil! Como passa rápido! Pegando aqui um fôlego para finalizar o ano. 2024 promete!
Novembro já vai dando uma sensação de desaceleração. É meio ambíguo. O final de ano é sempre tenso e corrido, mas a quantidade de aulas começa a sossegar. Para os próximos dias, além de uma participação em um importante seminário mexicano (tratando da formação em Edição no Brasil) e de um curso rápido sobre edição de literatura contemporânea escrita por mulheres, vou falar no Ciltec, um evento da UFMG que me fez um convite muito legal.
Não é um bom papo? Estou aqui preparando o material e conciliando com as semanas finais dos cursos que ministro regularmente no CEFET-MG.
Ah, e para fechar os trabalhos, bancas e duas defesas bonitas que mestrandas que tive a alegria de orientar. Um trabalho sobre a tarefa especializada da redação e revisão de documentação técnica e outro sobre a presença de escritoras negras nos livros didáticos aprovados pelo MEC em anos recentes. Melhorou algo? Estamos caminhando?
A Escola do Judiciário e o TJMG, junto com a Academia Mineira de Letras, estão realizando esta belezura chamada Vozes Poéticas de Minas: vídeos com entrevistas e leituras de poetas mineiros/as. Lá estou eu neste primeiro da terceira temporada. Grata a todos/as os/as envolvidos/as.
O convite foi publicado aqui e no canal deles é possível assistir às leituras, por mim e pela jornalista Silvana Monteiro.
Se o texto sobre TDIC e precariedade fez um sucesso danado, isto é, foi muito lido por colegas em 2020, eis que em 2023 a revista Cadernos de Linguística me encomendou um novo texto, revisitando aquele primeiro. Foi o que eu fiz, depois de alguns anos e de ler mais. Espero que os/as colegas gostem também.
A profa. Emilie Audigier me fez um convite lindo: bater um papo na UFMA sobre edição, revisão e tradução. Claro que me concentrei nos dois primeiros. O timaço que ela reuniu deixa a gente com água na boca para assistir a tudo. Espero fazer isso.
Ficou aqui o registro da nossa conversa sobre editar livros traduzidos:
Outubro foi um mês cheio e intenso. Muitas parcerias se realizaram, depois de meses de trabalho. Uma delas foi com a UFPI, em especial na pessoa da professora Maria Angélica Freire, que nos convidou para uma parceria na organização do SimLer. A terceira edição do evento contou com convidados nacionais e internacionais, que atuaram em palestras, oficinas e cursos. A abertura e a conferência inicial estão logo aqui:
Minha participação também foi em uma mesa com colegas queridas. Na sequência, um jabazinho dos meus livros mais recentes. Aí, ó:
Vale a pena assistir a todos os vídeos do SimLer. Tá tudo no canal do YouTube.
Pouca gente sabe, mas é o segundo livro de contos que lanço, desta vez com textos de mais fôlego, mais graves também e por uma editora grande, agenciado pela Agência Riff. Vejamos qual será a trajetória do livro, levando a autora a reboque. Assim espero. Ou o contrário?
É sempre uma alegria pôr um livro literário no mundo. Quer dizer… uma alegria misturada a muitos outros sentimentos, entre eles certo temor de que as coisas não andem bem. Mas vamos lá, coragem.
O volume reúne 16 contos permeados pelo tema da violência e da morte. A capa foi feita sobre arte de Hiroki Kawanabe (Japão), com design de Diogo Droschi. Edição de Rafaela Lamas e trupe da excelente Autêntica Contemporânea. O livro está fácil de alcançar, em livrarias de todo o país e pelo site do Grupo Autêntica.
Na UFMG Educativa, em áudio. Eles sempre dão uma força enorme.
O primeiro lançamento aconteceu em Goiânia, na simpática livraria Tekoá, com mediação da editora e jornalista Larissa Mundim. O segundo foi na livraria Jenipapo, na Savassi, em Belo Horizonte, com mediação da professora Maria do Rosário Alves Pereira. Dois momentos gostosos. E sigamos para os próximos.
Lá pelos 47″, a profa. Maria do Rosário trata de um conto do Causas não naturais em um evento acadêmico chamado SimLer, na UFPI. Vale ouvir o que ela diz em sua linda análise.
Tenho tido uns retornos interessantes sobre o CNN, a maioria a respeito dos contos mais pungentes: o das barragens, o dos dois irmãos que se despedem da mãe… algumas pessoas dizendo que ficaram sem fôlego; o delegado da Homicídios da Polícia Civil me disse que se emocionou com o conto do cachorro (imagina!); uma jornalista me disse que o primeiro conto tem uma virada genial (adorei); um conhecido nas redes gostou exatamente dos contos mais leves e irônicos, como o da consulta médica; por aí vai.
No Clubelivrismo, no Insta, um comentário bem legal.
Agora o rolê será em Porto Alegre, dezembro de 2023: um bate-papo na UFRGS, mediado pelo prof. Guto Leite, e outro na livraria Paralelo30, com a escritora Lélia Almeida.
Sinto-me sempre honrada com os convites para falar destes temas aos quais tenho me dedicado e pelos quais trabalho. Nas últimas semanas, pude estar, ao menos virtualmente, em alguns lugares para tratar de multimodalidade e de inteligência artificial. Em todos os casos, foi proveitoso para mim. Espero que tenha sido para as pessoas que participaram.
Dei um pulinho na UFRPE para falar de multiletramentos. Foi virtual e eu adorei o papo com colegas e estudantes. (Gente, eu ouço meu sotaque nos vídeos de fico besta rsrsrs Como pode?). Olha aqui, ó.
Na PUCPR, encerrei a Semana de Letras conversando sobre a inteligência artificial e as TDIC na nossa formação. No IFG o papo foi presencial, no qual dividi uma mesa com a profa. Eliane Marquez (UFG) sobre multimodalidade e questões bakhtinianas.
Foram dias intensos. Na UFMG, o chamado, também presencial, foi para falar da literatura e das publicações nos dias de hoje. Abri o evento discente do Poslit e ainda tive um dedo de prosa com o prof. Rômulo Montealto, próximo coordenador desse excelente programa. No CEFET-MG, junto com a parceira e cúmplice Pollyanna Vecchio, realizamos a 11a FLIC, quem diria?! E foi um sucesso, de novo, graças à enorme rede de pessoas que produziram, propuseram e executaram o evento. A parte virtual ficou aqui, com mesas e lançamentos de livros.
Foi uma semana curiosa, com muitas surpresas vindas de onde eu não esperava. Primeiro o ator Antônio Fagundes faz uma leitura de um poema do Álbum (Relicário, 2018), mostrando a capa e tudo. Foi num domingo, quando Fagundes sempre põe um poema no ar para dar as boas-vindas à semana. Umas pessoas começaram a me marcar e eu fui entender o que se passava. Quase caí para trás. E lia bonito, ó.
Daí alguns dias, uma amiga do Rio, a designer Cláudia Mendes, me avisou pelo zap que estava em uma palestra da Academia Brasileira de Letras e pá: a professora Marisa Lajolo acabara de rasgar elogios ao Romieta & Julieu (RHJ, 2021). Tá logo aqui, lá pelos 40 minutos. Caí pra trás de novo! Haja coração.
É isso, a literatura dá asas, ela, sim. Não sei como esses livros chegaram a esses leitores tão especiais e que fazem ainda o bem de divulgar nosso trabalho para um público amplo. Fiquei muito honrada e feliz.
Está na hora de as professoras e os professores da educação fundamental escolherem as obras literárias que chegarão às salas de aula. Deixei recado para todo lado: redes sociais e contatos de zap. Quem sabe estes dois queridos alcançam leitores e leitoras mirins?
O Sua mãe foi publicado pela Autêntica em 2011 e vem tendo atenção desde então. Com a mudança de nome do selo, ele passou a sair pela Yellowfante, mas continua lindamente editado pela mesma editora, sob a batuta da amada Sonia Junqueira. Já o Pulga, como carinhosamente gosto de chamá-lo, foi publicado em 2017 pela Gulliver, editora de Divinópolis regida pelo queridíssimo Joubert Amaral.
Os dois livros estão aí para serem vistos e escolhidos. E eles têm algo em comum: têm crianças pequenas como protagonistas (ambas inspiradas no meu filho Dudu, hoje já universitário) e levam a linguagem muito a sério, mas com humor e graça. O garotinho do Sua mãe é menorzinho, está aprendendo a falar e se confunde todo. O menino do Pulga atrás da orelha é maiorzinho e está naquela fase da perguntação, deixando a mãe doidinha, mas de uma doideirinha boa.
O Sua mãe foi ilustrado pela Rosinha, do Recife, e teve um processo em que só vi o livro pronto. E me encantei. O Pulga foi ilustrado pelo Flávio Fargas, mineiro, que eu já conhecia porque tinha sido meu aluno de mestrado! Um luxo ter esses dois dando corpo e cor aos meus livros.
O Guia do PNLD está aqui, ó. Tomara que o Sua mãe e o Pulga atrás da orelhaseduzam muita gente, grande e pequena. 🙂