Que loucura! Pensar que, um ano atrás, as pessoas se preparavam para se aglomerar na rua, durante o Carnaval. Agora… estamos aí, completando um ano de pandemia. E numa segunda onda avassaladora.

Nesta primeira semana de fevereiro, além das reuniões ordinárias e das aulas síncronas e assíncronas, haverá uma reunião inaugural com a Academia Mineira de Letras sobre o Acordo firmado com o Posling. Vamos definir o início dos trabalhos de pesquisa no belo acervo sob a guarda deles.

Também estrearei uma coluna no blog da Relicário Edições, casa publicadora do meu Álbum e da qual sou fã declarada. Estou grata e honrada com este convite. Além disso, darei um curso rapidíssimo sobre linguagem inclusiva, assunto que andou me procurando por estes tempos. Foi um convite da Translators101, de São Paulo, a partir de um texto que escrevi para a Revista Pessoa. Olha a rede!

Escrevi umas notas sobre as aulas de oficina de leitura e produção de textos na graduação em Letras. Transfiro-as para cá. E que tenhamos um mês viável.

Crop de Woman writing at a table, de Thomas Pollock Anshutz (séc. XIX-XX)

NOTAS sobre uma oficina de textos na pandemia

Professores e professoras têm lidado muito com o binômio síncrono/assíncrono. Já era meio assim na escola, antes deste bem-sucedido vírus, mas a distribuição dos tempos era diferente, com algumas sobreposições que favoreciam aqui e desfavoreciam ali.

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Além de lidar com sincronia/assincronia, quero lidar com pertinências e proveitos. Faço questão. Considerando também que a assincronia seja menos excludente.

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Ministrar uma oficina de leitura e produção de textos remotamente não é nenhuma novidade. Fiz uma assim, literária, em 2004, por exemplo. E funcionava bem, desde que eu fosse disciplinada, cumprisse as atividades dentro do prazo e participasse ativamente da conversa. Sem isso, não funciona nem on-line, nem off-line.

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Nesta semana, terei um encontro síncrono com estudantes de Letras que cursam uma oficina de textos informativos. Faz sentido porque eles já investiram o tempo de duas semanas anteriores pesquisando, lendo e produzindo o texto solicitado. E foi solicitado com objetividade, presteza, rigor e nitidez, tanto quanto possível por escrito.

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Vamos discutir tanto o processo de produção de cada pessoa, intercorrências e dúvidas, quanto os produtos, isto é, os textos. Vamos saber em que resultou a proposta. Aí faz sentido. Temos algo em que nos basear, inclusive para dar exemplos e contraexemplos, pegar ganchos onde há itens interessantes, para o bem e para o mal.

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Lendo e estudando o material que eles entregaram, é relativamente fácil perceber dúvidas frequentes, reiterados problemas, incluindo alguns elementos em que eles simplesmente nunca pensaram. Ou experiências que nunca tiveram.

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Meu preparo para um encontro desses vai muito mais denso e creio que faça muito sentido para todos e todas nós. Vejamos.

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É particularmente bonito ver as pessoas perdendo alguns medos e deixando-os para trás. A maioria sequer espia no retrovisor.

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