Não é só sensação. As coisas estão mesmo acumuladas: em cima da mesa atrás de mim, atrás da tela do pc à minha frente, no criado ao lado da cama (aliás, de ambos os lados), na mesinha mais baixa ao lado da cama, dentro do Kindle, no banquinho dentro do banheiro, na poltrona de leitura do escritório, na mesinha lateral da escrivaninha etc. Isso não acaba. Nunca lerei tudo, mas não perdi ainda as esperanças, o que se transforma, se eu não me cuidar e controlar, em ansiedade. Da pior.

Esta semana tive tempos entre umas coisas e outras. É o ideal. Não tenho mais 25 anos e isso fica cada vez mais evidente. Mas as demandas aumentam quanto mais experiente a gente fica. É assim mesmo, produção?

Consegui abrir um livro de escolha na semana passada. Tive de fechá-lo e pronto… não consegui mais voltar. Tenho esperanças. Duro é saber o que ele dizia… porque haja memória fragmentada. Preciso ir a três médicos de especialidades diferentes. Para que férias isso ficará? Dará tempo? A gente vai esperando que nada aconteça.

E a escrita? Fica no fim da fila. Vai ficando. A cabeça vai escrevendo sozinha, sem papel, sem tela. Uma hora consigo desaguar tudo o que precisa sair: poema, conto, crônica, artigo. Um bilhete ou outro. O gênero que mais escrevo hoje em dia? Mensagem de WhatsApp. Dureza.

Estou reclamando? Não exatamente. Mas vale o desabafo.

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