Foi uma semana curiosa, com muitas surpresas vindas de onde eu não esperava. Primeiro o ator Antônio Fagundes faz uma leitura de um poema do Álbum (Relicário, 2018), mostrando a capa e tudo. Foi num domingo, quando Fagundes sempre põe um poema no ar para dar as boas-vindas à semana. Umas pessoas começaram a me marcar e eu fui entender o que se passava. Quase caí para trás. E lia bonito, ó.
Daí alguns dias, uma amiga do Rio, a designer Cláudia Mendes, me avisou pelo zap que estava em uma palestra da Academia Brasileira de Letras e pá: a professora Marisa Lajolo acabara de rasgar elogios ao Romieta & Julieu (RHJ, 2021). Tá logo aqui, lá pelos 40 minutos. Caí pra trás de novo! Haja coração.
É isso, a literatura dá asas, ela, sim. Não sei como esses livros chegaram a esses leitores tão especiais e que fazem ainda o bem de divulgar nosso trabalho para um público amplo. Fiquei muito honrada e feliz.
Está na hora de as professoras e os professores da educação fundamental escolherem as obras literárias que chegarão às salas de aula. Deixei recado para todo lado: redes sociais e contatos de zap. Quem sabe estes dois queridos alcançam leitores e leitoras mirins?
O Sua mãe foi publicado pela Autêntica em 2011 e vem tendo atenção desde então. Com a mudança de nome do selo, ele passou a sair pela Yellowfante, mas continua lindamente editado pela mesma editora, sob a batuta da amada Sonia Junqueira. Já o Pulga, como carinhosamente gosto de chamá-lo, foi publicado em 2017 pela Gulliver, editora de Divinópolis regida pelo queridíssimo Joubert Amaral.
Os dois livros estão aí para serem vistos e escolhidos. E eles têm algo em comum: têm crianças pequenas como protagonistas (ambas inspiradas no meu filho Dudu, hoje já universitário) e levam a linguagem muito a sério, mas com humor e graça. O garotinho do Sua mãe é menorzinho, está aprendendo a falar e se confunde todo. O menino do Pulga atrás da orelha é maiorzinho e está naquela fase da perguntação, deixando a mãe doidinha, mas de uma doideirinha boa.
O Sua mãe foi ilustrado pela Rosinha, do Recife, e teve um processo em que só vi o livro pronto. E me encantei. O Pulga foi ilustrado pelo Flávio Fargas, mineiro, que eu já conhecia porque tinha sido meu aluno de mestrado! Um luxo ter esses dois dando corpo e cor aos meus livros.
O Guia do PNLD está aqui, ó. Tomara que o Sua mãe e o Pulga atrás da orelhaseduzam muita gente, grande e pequena. 🙂
Por estes dias, respondi a um pingue-pongue enviado pela turma boa da São Paulo Review, revista que vi nascer e que prezo muito. Foi pá-pum, de um jeito gostoso. E respondi ranzinzamente, mas com boa intenção. Aí, ó.
Uma alegria ver este livro nascer. Organizado pelas colegas multimodalistas Záira Bomfante dos Santos e Clarice Lage Gualberto, a obra é um tributo ao prof. Gunther Kress, falecido em 2019. Colegas de toda parte do Brasil atenderam ao convite das organizadoras e produziram capítulos que nos ajudam a entender as propostas de Kress e os rumos que podemos tomar nos estudos da semiótica social.
Participo com o capítulo “Multiletramentos e multimodalidade: vozes e ideias em trânsito no Brasil”, que escrevi especialmente para esta homenagem.
Saiu! A princesa nada casadoira vem aí com seus pretendentes azarados e seu pai autoritário. Não adianta chiar, papi, a menina sabe o que quer e o que não quer.
Vários perfis do Insta têm mencionado o livro, falado dele com carinho, feito minirresenhas, mostrado fotos com crianças.
Durante o FLIBH, em novembro de 2023, tive oportunidade de participar de uma roda de leitura em que ele esteve no centro do palco. Foi ótimo. Estavam lá talentosas autoras e ilustradoras. Um casal veio falar comigo que adorou, que queria dar de presente a uma sobrinha, mas que… era desconstruidão demais para os pais da menina, muito conservadores. Que pena, né? Nem leram e já acham. Mas vamos nessa que nossa Princesa tá bem feliz com suas escolhas.
No primeiro dia de dezembro de 2023, tive a alegria de duas resenhas no Insta: a da Paula Belmino, que diz: “Um livro inteligente e muito interessante para refletir também sobre empoderamento feminino permitindo que a mulher ocupe qualquer lugar na sociedade”; e a do Tiago de Carvalho: “Neste reconto hilariante e moderno, a autora nos presenteia com uma visão única e vibrante de uma história popular do Vale do Jequitinhonha, MG, intitulada ‘O Couro de Piolho’. O enredo gira em torno de uma princesa, longe dos estereótipos tradicionais, que desafia as convenções sociais e recusa categoricamente a ideia de casamento”. E mais: “Uma jornada de humor, empoderamento e ciência monárquica, onde o amor próprio, a determinação e a inteligência prevalecem sobre os clichês antiquados. Inusitada e encantadora, repleta de risos e reflexões que desafiam as expectativas e oferece uma perspectiva suave sobre os contos de fadas tradicionais“. Nó, que alegria essas leituras. <3
A incrível Juliana Pádua falou superbem dele no Insta, ó. Disse bem assim: “tô rachando o bico”.
Ótima notícia sobre nossa princesa: finalista do prêmio nacional da AEILIJ, que é a Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil. No site deles dá para ver.
Foi lindo. Deu um trabalho danado, por muitos meses, mas frutificou e foi gratificante. O I Encontro da Red Latinoamericana de Cultura Gráfica se somou ao III Rastros Lectores e aconteceu de 14 a 16 de setembro de 2023, entre as salas e belos espaços da Escola de Design da UEMG e o aconchegante auditório do casarão da Academia Mineira de Letras (AML), ambos na região do Circuito Liberdade. Mais de cem pessoas frequentaram esse evento de três dias, com sorrisos no rosto. Muitos sotaques e duas línguas puderam ser ouvidos. Tivemos o cuidado do arranjo dos trabalhos nas sessões, de maneira a favorecer o diálogo. E fomos bem-sucedidos no encontro. Contamos, claro, com muita gente que atuou nos bastidores, antes, durante e depois. Viva! Foi emocionante. E que venham os próximos eventos, juntos ou separados.
Na segunda-feira, já teremos a abertura do curso da Paula Marín Colorado, professora colombiana que vem nos visitar com o apoio da Capes e do Posling CEFET-MG. À noite, conferência do prof. José Luis de Diego, nosso velho conhecido por aqui, vindo direto da Argentina para nos brindar com suas palavras. Ele se soma a nós na confraternização que inaugura o novo espaço da Led, editora-laboratório do bacharelado em Letras.
Nos dias seguintes, a profa. Paula ainda fará a aula inaugural da Letras. E os dois colegas visitantes estarão conosco em mesas e atividades do encontro da Red e Rastros Leitores. Haja fôlego, mas é que a empolgação é grande.
Nós já tínhamos liberado o pdf do livro Edição. s. f. desde que o impresso se esgotou. Essa é nossa ideia na Entretantas Edições. À medida que os títulos se esgotam na versão de papel, a gente põe na roda a versão digital (pdf), garantindo que ele possa ser lido e citado, desde que mencionada a fonte. Este primeiro livro apresenta um verbete expandido, produzido a muitas mãos, que tenta definir o que é edição.
Agora é a vez de liberar o nosso Como nasce uma editora, que também se esgotou em papel. Em um curto período, esse livro fez uma história bonita, indo parar nas mãos de muita gente e encontrando tradutoras ao espanhol no México e na Argentina. Novas versões bilíngues vêm por aí. Nosso CNE também provocou palestras e cursos, nos quais pudemos falar sobre as questões que ele aborda, isto é, o surgimento das editoras, em especial as independentes, e o das mulheres editoras.
Agora é hora de pôr para jogo nosso terceiro título, também colaborativo, mas desta vez num projeto mais robusto. Chegou Mulheres que editam, uma minipédia com 125 nomes de mulheres que editam no Brasil, com breves verbetes escritos por 22 mulheres. É claro que esse é um universo pequeno diante do que se pode encontrar no país, mas já é um começo. Fica a provocação para que contemos melhor esta história. E com mais justiça. Em alguns meses, teremos nosso pdf livre.
Este setembro reserva, novamente, o encontro da Intercom. Estaremos lá para rever o GP de Produção Editorial e discutir trabalhos no tema. Desta vez, a alegria de que seja em BH, na PUC Minas, no lindo campus Coração Eucarístico. Nossa programação acontece nos dias 5, 6 e 7 e os trabalhos podem ser encontrados nos anais, ao menos uma parte deles, por nome de autor/a. Neste ano, vou em coautoria com a dra. Pollyanna Vecchio, ex-orientanda, e vamos discutir a autopublicação e as plataformas digitais. É só baixar.