Algumas parcerias surgem da pura simpatia que temos por algumas pessoas e de uma percepção de que “daqui sai coisa boa”. Isso se mistura a uma admiração profissional e acadêmica. É assim com a profa. María Belén Riveiro, que conheci em Buenos Aires, uns anos atrás, e com quem venho fazendo boas trocas e colaborações.
Recentemente, ela foi generosa ao me convidar para escrevermos um texto e para uma conferência nas Jornadas de sociologia da literatura que ela e colegas promovem no Instituto Gino Germani, na Universidad de Buenos Aires (UBA). Fui, claro.
Preparei uma conferência baseada em um texto que publiquei em uma importante revista da UnB, mas que acho que pouca gente leu ou viu. Talvez o assunto seja específico demais, não sei. É tão precioso, deu tanto trabalho trabalhar com material de arquivo, é tão revelador… Fato é que a gente precisa sair por aí divulgando os resultados de nossas pesquisas, e aqui fui eu.
Nos últimos anos, tenho me esforçado para conversar com colegas de toda a América Latina, e isso é literal. Sinto uma grande vontade neles e nelas, estamos sempre em contato, firmamos esta rede, mas nem sempre eles podem entender o que dizemos em português. Alguns, sim; outros, dizem ser difícil. Como estou em minoria, avanço pela língua deles do modo que consigo. E tem funcionado. Já tinha estudado espanhol, mas andei reforçando isso nos últimos anos. Sou dessas pessoas que precisam de imersão. Nem sempre tenho essa oportunidade.
Bem, fato é que a conferência foi bacana e tivemos uma boa conversa sobre o contexto brasileiro.
Pode-se ver aqui. Deem um desconto para o portuñol.