Neste setembro de dura estiagem, finalmente saiu um artigo que escrevi para o dossiê sobre multimodalidade em Gunther Kress, na Revista de Estudos da Linguagem, sob a organização das admiradas colegas Záira Santos (UFES), Clarice Gualberto (UFMG) e Vânia Barbosa (UFPI). O número todo está disponível e convido à leitura do exercício de análise que propus, usando como material um carrossel de posts da TAG Livros.
Mês: setembro 2024
A poesia tem destas: avoa. Vez ou outra, alguém pede este ou aquele poema, dá cá que vou republicar, faz um novo sobre o tema x, dê aqui que vou traduzir, e assim os textos vão se desprendendo dos livros (que é como nasceram, afinal) e chegando a mais pessoas, a conta-gotas, digamos. Pode ser que puxem livros, pode ser que não. Sementes que brotam; outras, não. Mas às vezes também nasce uma antologia que reúne poemas de poetas por esta ou aquela razão. Há várias antologias que reúnem autoras, todas mulheres, formando conjuntos poéticos de certa feição. O desenho, cada organizadora faz. E assim nasceram duas antologias recentes, ambas surpreendentes (porque eu não esperava que me convidassem).
A primeira é Mulher fala o que quiser, organizada pela professora Claudete Daflon (UFF), com uma turma de alunas, pelas editoras Pangeia e EdUFF. O livro é de acesso aberto e pode ser amplamente distribuído. Convido a espiar o time de mulheres reunidas.
A segunda antologia cruza fronteiras. A tradutora e professora Ángela Cuartas reuniu num belo volume 42 poetas colombianas e brasileiras, com lançamento na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, quando a Colômbia foi o país convidado de honra. Um luxo.
O livro pode ser encontrado pelo código qr.
Assim é que a poesia escapa dos seus limites, ou daqueles editoriais, críticos, de gênero e comerciais, e fura todas as bolhas e expectativas. Ave!