Na última semana de março, a passadinha na Unicamp para uma banca de mestrado renderá também um encontro para uma conversa com as pessoas que lá estiverem, no anfiteatro do IEL. Há anos não visito a instituição, que há dez anos me recebeu para um pós-doc com a profa. Roxane Rojo, referência no tema dos multiletramentos. Dessa pesquisa nasceu meu livro Textos multimodais, pela querida Parábola Editorial (ó ele aqui!). E ele circula, viu!
O papo que preparei agora relaciona dois campos que investigo e adoro: a edição e a multimodalidade. Há confluências entre eles, mesmo que aparentemente os autores mais conhecidos de cada um não se mencionem. O assunto diz respeito à minha atual pesquisa pelo CNPq.
Nesta semana, receberemos editoras mineiras para bate-papos presenciais com estudantes de Letras e de pós-graduação do CEFET-MG. Os encontros são abertos ao público e emitem certificados aos interessados.
Gabriela Morais foi nossa aluna de Letras na graduação e vem nos contar como tem seguido a carreira de editora na Páginas, uma casa independente dirigida pela jornalista e editora Leida Reis. Já Circe Clingert e Thyana Hacla são artistas gráficas experientes e vêm nos contar sobre seus processos artesanais de edição. Duas experiências fascinantes e que podem despertar muitas paixões.
A aula inaugural do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens do CEFET-MG em 2023 será um tributo à profa. Magda Soares, falecida em janeiro deste ano, mas que deixou um enorme legado para os estudos de alfabetização e letramento. O Posling se une ao Departamento de Linguagem e Tecnologia – Deltec para realizar um evento com colegas de várias instituições mineiras, dia 16 de março, das 15h às 19h, numa oportunidade de falar da vida e da obra da professora, que, aliás, se confundem.
O evento é aberto ao público e totalmente presencial, no miniauditório do prédio administrativo do campus I do CEFET-MG, em Belo Horizonte. Basta comparecer. Certificados serão emitidos.
Quando lançamos o Como nasce uma editora, algumas coisas aconteceram, tão boas que nos vimos animadas com o lançamento também da Entretantas Edições. O livro foi pensado para ser lançado na deliciosa Feira Urucum, que aconteceu na Funarte em fevereiro (e foi, com sucesso); e servirá como uma das referências da disciplina Mulheres na Edição, que iniciei esta semana no Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens do CEFET-MG. Tudo aconteceu a tempo e os resultados têm sido positivos. As leituras do texto vão aparecendo lentamente, assim como algumas propostas em torno dele. Foi o caso do convite para lançá-lo na UAM, no México, com colegas muito especiais como Freja Cervantes e Marina Garone Gravier. E vamos nós! Adelante! É só pedir o link do lançamento virtual.
Pronto, fizemos a proposta e fomos aprovados para organizar o GT 8 do 8º Congresso Internacional de Arte, Ciência e Tecnologia e Seminário de Artes Digitais 2023, em Belo Horizonte. De 26 a 30 de junho, no Centro Cultural da UFMG, devemos marcar encontros para discutir as materialidades e circulações do livro.
Desta vez, a coordenação do GT ficará a cargo de um trio: a dra. Pollyanna de Mattos Vecchio (CEFET-MG), o dr. Marcos Roberto Nascimento (PUC Minas) e eu, que pretendemos promover um espaço bem legal de debate e compartilhamento de trabalhos. O CIACT é organizado por uma equipe da UEMG, e não será a primeira vez que participamos dele, alegremente.
A convite do Alysson Lisboa Neves, uma fera das mídias digitais, dei meu pitaco – informado – sobre o chatGPT, que andou deixando as pessoas da escrita em polvorosa nas últimas semanas. Vamos ver se me expressei direito, ao menos melhor do que a Inteligência Artificial. 😀
É sempre com alegria que vejo as colunas fixas virem ao mundo. Escrevo-as com carinho continuado. A do Jornal Rascunho é um xodó. E neste fevereiro, ela veio com jeito de desabafo. Uma experiência de anos atrás me veio à memória. E talvez uma saudade do futuro. Tomara que vocês gostem.
Foi orgânico, como diz o pessoal. Já estávamos fazendo um livro juntas quando resolvemos que precisávamos de um selo para chamar de nosso. O “Verbetão” já existia, na parceria preciosa entre o CEFET-MG e a editora Quixote+Do, e a primeira tiragem já se tinha esgotado. De repente, pensei: por que não? E pedi uma reunião on-line urgente.
“Por que não abrimos uma editora? Tenho até uma ideia de nome para ela.”
Sob o olhar atento e ávido da Samara Coutinho e da Cecília Castro, despejei umas ideias e, juntas, chegamos ao nome Entretantas, que tem muitos sentidos. Primeiro ele era uma brincadeira com a Todavia, que é jovem, mas é uma editora poderosa no Brasil. A primeira ideia era chamar Entrentanto, com um slogan mais zoeiro ainda, sugerido pelo Sérgio Karam: “a editora que vem contudo”. Rá! Mas aí as feministas do trio disseram que era importante que fosse Entretanta… e veio o plural, já que estamos no meio de tantas outras editoras, muita gente boa com projetos bonitos. Entretantas estava batizada. Tinha CNPJ, tinha ISBN, tinha ideias, tinha pessoas.
Resolvemos então fazer a segunda tiragem do Verbetão, com algumas mudanças. E lançar um novo título na Feira Urucum, que aconteceria (e aconteceu) em fevereiro de 2023, na Funarte, em Belo Horizonte. Boa oportunidade. Fizemos então a parceria dos sonhos: a Impressões de Minas embarcou conosco.
Nossa estreia foi assim. Os dois volumes compõem um kit que deu início às publicações que faremos, lentamente, sobre edição. O terceiro volume deve sair em julho de 2023, sempre com colaborações preciosas e muita alegria.
Para adquirir os livros em catálogo, é só ver os dados e o formulário que deixamos à disposição. São livros curtos, pequenos, mimosos e interessantes, é o que pensamos. Em algum tempo, passaremos também a deixar os pdf em acesso aberto. No entanto, recomendamos os impressos, que são umas fofuras e a preço acessível.
Entretantas na Feira Urucum pelo Wallison Gontijo (Impressões de Minas) no Universo Literário, Rádio UFMG Educativa.
Em 2020, encontrei a Rejane Dias, CEO do Grupo Autêntica, em um lançamento de livro. Era uma coletânea de contos da qual eu participava como autora, e a Rejane era a editora responsável. Já nos conhecíamos há muito tempo e, naquela ocasião, ela me chamou para um papo.
A ideia era publicar literatura contemporânea. Ela queria um plano, um programa. Claro que eu topei. E levei para ela, semanas depois, uma proposta de selo novo para dar conta da profusão de livros bons que têm sido produzidos no Brasil e fora. Rejane encarou.
Os primeiros títulos saíram em 2022 e chegaram arrasando. A autora equatoriana Mónica Ojeda foi um dos carros-chefes, assim como a mineira Marcela Dantés, ambas com romances muito bem recebidos pelo público e pela crítica. Vários outros livros vieram em seguida. E em 2023 o desafio continua. Os primeiros títulos a sair foram a trilogia da autora sul-africana/inglesa Deborah Levy, maravilhosos. E vários outros vêm aí.
Há alguns meses, saiu um livro sobre multiletramentos em que eu e Carla Coscarelli (UFMG) publicamos um capítulo sobre questões de letramento digital no Brasil. Eis que uma pesquisadora de um observatório europeu, na Bélgica, leu nosso texto e nos pediu uma versão mais curtinha, de divulgação científica. É claro que eu e Carla topamos. Juntas, produzimos um material que saiu agora em fevereiro no site da Media & Learning. Convidamos à leitura.