Autor: Ana Elisa Page 26 of 96

Planner poético 2022

Muita gente vê nossa movimentação em torno do planner e faz algumas perguntas, então aqui vai um breve FAQ:

O que é um planner? É uma peça de papelaria e organização que fica entre um simples calendário e uma agenda, isto é, é maior do que aquele e menor do que esta. No planner a gente tem um espacinho para escrever e consegue visualizar um mês inteiro ou uma semana inteira.

Por que este nome antipático em inglês? Bom, é assim que ele é chamado, mesmo nas papelarias do Brasil. Na linguagem a gente conhece uma coisa chamada “empréstimo linguístico”, não é mesmo? Parece ser mais um desses casos. Poderíamos traduzir por planejador, planejódromo, planejório, enfim, arranjar uma palavra derivada que desse conta do recado, mas aí, como isso já era mais ou menos conhecido de quem usa, mantivemos o nome consagrado por aqui e fora.

Que moda foi essa de fazer planner? Eu, Ana Elisa, uso planner há muitos anos, muitos mesmo, mas tinha enorme dificuldade de encontrá-lo em papelarias brasileiras. Não gosto de agenda, calendário é insuficiente para mim, então eu me adaptei bem com esse tipo de peça. Só que dava o maior trabalho para achar, me deixava tensa, era um estresse, todo fim de ano. Eu sempre reclamava disso nas redes sociais. Trazia planners de fora do país, o que também me dava trabalho porque eu tinha de ajustar todos os feriados brasileiros, entre outras coisas. Quando achei alguns planners no Brasil, eram coisas meio gourmet, com papéis finos, mas difíceis de escrever a lápis. Então, um dia, reclamei no Facebook e marquei o pessoal da Impressões de Minas, editora e gráfica aqui de BH. Para minha surpresa, o Wallison respondeu rapidinho dizendo algo assim: a gente faz para você! E aí começou nossa parceria. Já que íamos produzir um planner, por que não aproveitar para somar a ele um pouco de poesia? Passar bem os dias com poesia não é nada mal! E pá: botamos a mão na massa. Então eu ajudo a fazer o planner como curadora, mas também cheia de interesses pessoais! kkk Quero o meu!

Quando começou esta mexida então? Em 2017. A gente fez um primeiro só com mulheres (poetas) e ilustrações da Tatiana Perdigão. A parada deu certo. Aí fizemos outro em 2018, com poetas misturados e a ilustra da Adriana Leão. Em 2019, mais um, desta vez só com ilustradores e ilustradoras. Para 2020, esse fatídico ano, fizemos um com ilustras do Alexandre Jr., artista do urban sketch, e aí ampliamos para poetas do país todo. Em 2021 a gente chamou mais poetas daqui e d’acolá, com projeto gráfico da Elza Silveira, sem propriamente ilustração.

Vale a pena comprar este planner? Ah, a gente acha que vale. Não só pelo lance da organização, mas porque ele é uma espécie de coletânea da poesia brasileira, um pedacinho dela. Também é feito de forma semiartesanal (o de 2022, por exemplo, é serigrafado, sabe como é?), com muito carinho, por uma turma apaixonada por poesia. Tem o que a gente precisa, é bem objetivo, e difícil de jogar fora, depois que o ano termina.

Onde posso encontrá-lo? Aqui, no site da Impressões. A tiragem é limitada, viu? E uma dica: é coisa ótima de se dar de presente.

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Edital 2022 Posling

Mais uma vez, ufa!, está aberto o edital para alunos(as) regulares do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais. O processo para 2022 está descrito no documento aqui anexado. É só baixar e ler com atenção. São etapas como submissão de projeto de pesquisa, provas e entrevistas. Os cursos são públicos e gratuitos, na sede, o campus I, em Belo Horizonte (quando retomarmos as aulas presenciais, claro). Por enquanto, a oferta tem sido remota. São bem-vindas no processo pessoas de formações diversas. É recomendável espiar o site do Posling e os Lattes dos pesquisadores e pesquisadoras a ele associados.

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Qualificações em série

Neste novembro, participo das bancas de qualificação de três doutorandos por mim orientados: Pollyanna, Ione e Mário, nesta ordem. A Pollyanna tem feito um trabalho sobre autopublicação e plataformas digitais, muito sério e premente; a Ione trata de avaliação na educação à distância, difícil ter coisa mais contemporânea; e o Mário trabalha com as revistas literárias mineiras de vanguarda no início do séc. XX, em boa hora, afinal.

Estar na qualificação com eles e elas me dá boas sensações e um frio na barriga, claro. A gente, afinal, se envolve nas pesquisas, dá dicas, recomenda, indica rumos, e ainda assim a banca tem o que dizer, sugere correções, reorienta. É claro que podemos pensar e decidir por outra coisa, mas é sempre um momento rico de discussão e revisão.

Hoje a Pollyanna foi qualificada. Esteve no debate o tempo todo, autoralmente, mas com escuta. Vamos ver os demais. Que todos construam teses bem-sucedidas, apesar dos limites da orientadora.

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Manifesto As crianças e os livros

Vale conhecer o manifesto As crianças e os livros nas cidades, produzido por um grupo de pesquisadoras e mediadoras do livro e da leitura em Belo Horizonte. Além deste videomanifesto, há o texto e o livro derivados deste projeto. Tudo bem à vontade.

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UFU, aí vou eu

Nesta sexta pós-feriadão vamos bater um papo na Universidade Federal de Uberlândia, no triângulo mineiro, um dos cantos desta minha terra-país. Convido ao canal. O assunto será, de novo, os multiletramentos no ensino remoto emergencial.

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Feria literária argentina

Há algumas semanas, recebi um lindo convite para participar de uma feira literária no interior da Argentina, em Curuzú Cuatiá, a décima edição desse evento, que visivelmente se esforçou para levar poetas de toda a América Latina. Fiquei, obviamente, muito honrada com o convite da escritora uruguaia (radicada na Argentina) Carolina Zamudio, que conheci há alguns anos, num evento literário colombiano. Olha, essas viagens e esses circuitos já renderam tanta coisa boa!

Lá, sou poeta internacional (devo ter saltado a etapa nacional kkkk), e fico muito feliz por esta participação, mesmo virtual.

Aqui as boas-vindas da Embaixada brasileira. Senti-me honrada.

O evento acontece neste canal.

Aqui, o dia da minha apresentação. Lá pelas 2h50.

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Capa Doida

Hoje saiu matéria bem bacana sobre o Doida pra escrever na capa do caderno Magazine, do jornal mineiro O Tempo. Uma alegria ler o texto que a jornalista Patrícia Cassesse urdiu, dando corda pra esta persistente (insistente?) escritora. Nas bancas e na web.

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UENF, te conheço

Quando o convite veio, eu já podia até imaginar o trânsito pela cidade de Campos dos Goytacazes. Andei muito por lá. Desta vez, o papo será na UENF sobre nosso assunto preferido. Um deles, aliás.

Canal no YouTube para assistir

Ver aqui, ó.

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ERE e contiguidades?

Em novembro já teremos papo no triângulo mineiro. Muito feliz em participar deste ciclo de debates na UFU, que inventa a oportunidade de falarmos sobre experiências atuais.

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Cretinos digitais?

Toda época de mudança tecnológica mais radical encontra seus adeptos e seus detratores. O livro, que é hoje objeto de apreço e brava defesa, já sofreu também acusações. E assim com a leitura silenciosa, a caneta esferográfica, a TV, o cinema e tudo o que vier.

Toda época de mudança tecnológica encontra discursos e produtores de discursos em disputa, adeptos e detratores, mas nem sempre há só dois lados nessa moeda. É que alguns fazem parecer que há.

Toda época de mudança tecnológica produz discursos científicos, médicos, psicológicos antagônicos, educacionais também, pró e a favor disto e daquilo, e alguns desses discursos ganham mais visibilidade do que outros.

Para falar dos gênios ou dos cretinos digitais também houve gente produzindo discursos, nas duas pontas. E haverá por muito tempo. Eu mesma sempre critiquei um tal que fez o desserviço de separar o mundo em nativos e imigrantes.

O que quero dizer é que toda época de mudança tecnológica, como agora, produz cretinos também na crítica ou no elogio. Atualmente, ao falarem dos cretinos digitais, surgem cretinos analógicos, a dizerem besteiras tão grandes quanto as ditas pelos simplesmente deslumbrados. E assim caminhamos.

Vamos estudar, e seriamente, de preferência.

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Ana Elisa • 2020