25 anos se passaram. Mais até. Em 1997, publiquei meu primeiro livro de poemas. O título era Poesinha, assim, bem diminutivo. E era em uma coleção chamada Poesia Orbital, iniciativa do poeta Marcelo Dolabela e sua trupe. Foi uma imensa alegria para a poeta iniciante.
Há alguns meses, um coletivo que homenageia o Dolabela, falecido recentemente, resolveu retomar a coleção e fazer novos volumes. É claro que aceitei o convite, até como uma forma de celebração da persistência que é preciso ter para me manter nessa selva que é a cena literária. Fui lá de novo. O título atual é Troca só de tamanho e cor. Fiz um passeio pelos meus 25 anos de produção e 10 livros, retomando a história do primeiro e me despedindo um pouco de certo traço poético.
Semana começando e fica próxima a viagem a Lima, capital do Peru, por motivos muito lindos: o livro e a poesia. Como sempre, meus poemários me levando em suas asas de papel.
Desta vez, participarei da Feira Internacional do Livro de Lima em pelo menos duas ocasiões (além dos rolês para conhecer e comprar títulos, claro): uma será uma mesa que comemora os dez anos da editora Amotape Libros, pela qual sai meu primeiro livro integralmente traduzido a outra língua e que circulará em outro país; a segunda participação será justamente em razão desse lançamento, que acontece depois de um longo trabalho tradutório do livroÁlbum, lançado no Brasil em 2018 pela maravilhosa Relicário Edições, da Maíra Nassif. Com o apoio da Biblioteca Nacional, em seu programa de traduções, e da Embaixada do Brasil no Peru, a Amotape conseguiu esta proeza. É uma alegria grande para uma poeta como eu, que sempre circulei pela periferia do sistema literário brasileiro.
O Menos ainda foi lançado em 22 de outubro, sábado, na livraria Jenipapo, em BH, num dia em que corríamos o risco de uma pancada de chuva, mas ela só veio depois da festa.
O volume marca meus 25 anos de persistência na poesia e é o segundo pela Impressões de Minas [compre!]. Achei minha casa.
Algumas matérias saíram sobre ele, mas ainda há muito o que fazer.
Página do caderno Pensar do Estado de Minas, na véspera do lançamento.
No Substrack, do poeta e crítico Tarso de Melo, em 2023, junto com Laura Erber e Bruna Mitrano.
Teve leitura e conversa no clube de leitura Casa de Poetas, abrigado no @acasainventada. Um grupo de mulheres leu e fui lá virtualmente visitá-las, no finalzinho de agosto de 2023.
Está saindo do forno – na verdade, vários fornos – meu livro novo de poesia, o Menos ainda, também pela maravilhosa Impressões de Minas. É meu nono título no gênero e meio que arremata meus 25 anos de publicações e de persistência (ave, Henriqueta!) neste campo insólito e ingrato. Bom, a graça é o jogo. Ou a graça maior é escrever.
O lançamento está previsto para 22 de outubro, um sabadão, das 11h às 13h, espero que sem chuva, na Jenipapo, livraria nova que ocupou a lacuna deixada pela Livraria Ouvidor, na Savassi, em BH. A ideia é promover umas leituras, além dos autógrafos para os amigos e as amigas.
Esta semana tivemos uma notícia muito curiosa: o livro Dicionário de Imprecisões, lançado em 2019 pela Impressões de Minas, foi finalista do prêmio Jabuti na categoria poesia. Dedos cruzados.
O livro é ilustrado por Wallison Gontijo e tem design de Elza Silveira, que são também os editores. Foi um projeto bem conversado e afetuoso. Pode ser adquirido no site da editora e em muitas livrarias Brasil adentro.
E uma resenha fresquinha saiu no LiteraturaBR, pela escritora Isa Oliveira. Espia só.
Este é um projeto muito especial. A convite do Wallison Gontijo e da Elza Silveira, editores da Impressões de Minas (editora e gráfica), passei alguns meses bolando algo que pudesse amarrar poesia e o projeto de um livro tátil, quase objeto, quase artesanal. Diante da exclamação do meu filho sobre dicionários, veio a ideia: um dicionário de imprecisões.
Desatei então a escrever poemas-verbetes. Avisei aos editores e passamos a pensar o projeto: tamanho, cores, papeis especiais, ilustração, relevo. Um livro que não existe só em pdf ou que faz muita diferença, ao existir concretamente. Um livro quase “infotografável”.
O Dicionário viaja pelo país e pode ser encontrado em diversas livrarias, Brasil afora. Também está à venda pelo site da Impressões de Minas.
A história deste livro começa bem antes da forma que ele tomou. Primeiro, veio a ideia de escrever poemas que respondessem aos álbuns de fotografias de família, objetos abundantes em minha casa. Depois, o original, mantido em segredo, foi enviado a um prêmio literário nacional, o Cidade de Manaus. Com a obra premiada, pensei que ainda não havia sido editada por uma mulher, que falha! Fui então atrás de Maíra Nassif, editora da Relicário, uma das casas mais interessantes e cuidadosas destes tempos. Eu já conhecia Maíra de outras oportunidades.
Passamos então a tratar da edição, que teve muitas possibilidades de capa, até chegarmos a esta, com uma foto minha quando criança. O livro está em segunda edição e pode ser encontrado na loja da editora, além de livrarias em várias cidades do país.
Álbum tem projeto de Caroline Gischewski, revisão de Sérgio Karam e texto de orelha do professor e escritor Luis Alberto Brandão.
“Poeminhas e melodias” é o subtítulo deste livro, produzido sob encomenda para a editora RHJ, de Belo Horizonte, com o objetivo de chegar ao público jovem. Teve belo projeto de Guili Seara, acabamento delicado e uma curiosidade: o texto de apresentação foi produzido pelo meu filho, Eduardo, que tinha então 11 anos.
Os versos de Por um triz são, em parte, poemas de meu primeiro livro (Poesinha, 1997) e, também, poemas feitos exclusivamente para este livro, que está disponível para venda. Ele tem sido adotado em algumas escolas e foi comprado em edital do governo do estado de São Paulo, em 2019-2020.
Dei-me conta de que ia longe o tempo em que minha poesia era editada em Belo Horizonte. Decidi, então, ir atrás da Scriptum, editora e livraria tradicional na cidade, detentora de um belo catálogo de poesia contemporânea.
Xadrez teve projeto de Júlio Abreu e texto de quarta capa da professora e escritora Maria Esther Maciel. Pode ser encontrado à venda na web e na própria editora.
Livro de 2013, nos primeiros anos de atividade da editora Patuá, de Eduardo Lacerda, em São Paulo. Eu conhecia o editor desde bem antes, pela publicação do jornal literário Casulo, no qual colaborei, alguma vez. Eduardo então recebeu o original deste Anzol e passamos a pensar no livro, que saiu com apresentação minha mesmo, capa dura, guarda colorida e umas coisinhas diferentes, como um poema já na capa.
Dissertação de mestrado de Juliana Costa na Universidade Federal de Juiz de Fora sobre o Anzol e a obra de Cristiane Sobral.
Artigo acadêmico de Isabela Sartori e Juliana Defilippo na CES Revista sobre a poesia de três mulheres: eu, Ana Kehl de Morais, Angélica Freitas e Ana Carla Andrade.