Tenho colegas que morrem de saudades dos corredores do campus onde trabalhamos. Não é meu caso. Não sinto saudade alguma da estrutura física da escola, que sempre senti muito hostil, aliás. Isso não me anima em nada à volta presencial.
O que me anima ao retorno… a palavra “anima” é meio forte, mas vá lá. O que me encoraja, digamos então, é o sofrimento pelo qual sei que algumas pessoas estão passando há quase dois anos, tanto colegas quanto estudantes, nos três níveis de ensino em que atuamos.
Há pessoas que sentem muito a ausência de contato presencial, de conversas de corredor, de olho no olho. De fato, na tela os nossos olhos flutuam, sem saber direito onde estão acertando. Parece que estamos olhando o/a outro/a, mas não há contato de fato.
Temos volta presencial marcada para a última semana de março deste ano. Ninguém sabe, no entanto, se acontecerá mesmo. Essa dificuldade de prever dá uma ansiedade danada… angústia, até. Mas seguimos… vivendo um dia por vez.