O réveillon passou, isso sim, mas o ano patina. Nos 15 primeiros dias de janeiro, em Minas Gerais, só tragédia. Chuva além da conta, instabilidade geológica, pessoas desabrigadas e mortas, paredão de cânion em Capitólio, pandemia resistente etc. Difícil. E as tragédias, quando não são diretamente com a gente, chegam perto. Conhecidos, amigos, alunos e alunas sofrendo os horrores do excesso de água ou de tristeza. Mas seguiremos. O dia amanhece e não tem jeito.
Nesses 15 dias já tive notícia da minha crônica do Rascunho, dando dicas de filmes sobre livros e de um livro sobre filmes sobre livros, sacaram? Uma delícia. Também demos andamento ao processo seletivo para mestrado e doutorado no Posling CEFET-MG. Por enquanto, bom prognóstico. Coisas boas que ainda vão se confirmar, conquistas resultantes de trabalho incessante, poesia escrita, livros a virem à luz. Calor, hoje. Uma bela viagem por vir, se a pandemia arrefecer um pouco. Visitas de amigos e amigas queridos. Abraços medrosos ainda. Filho crescendo e amadurecendo.
Ainda não entendi como a vida ficará. Ainda estou no segundo semestre letivo de 2021, terminando em 18 de fevereiro, que não chega nunca. Depois disso, finalmente, férias decentes (será?). No entanto, é comum que a desorganização institucional corriqueira nos obrigue a trabalhar nas férias, preenchendo formulários, avaliando pedidos e processos, planejando atividades. Um absurdo infelizmente comum. Vou evitar valentemente. Não entendi ainda como as aulas presenciais voltarão, em que condições, com quantas pessoas vacinadas, com que infraestrutura. Terei de me reorganizar muito para não perder mais tempo e mais saúde. Deixa chegar. É um momento difícil por muitas razões, entre elas a dificuldade de prever e planejar, coisa que me angustia profundamente, esta virginiana de carteirinha. Que tenhamos saúde e ânimo para continuar bem.