Olha que legal o que o portal Mirada fez pela Biblioteca Madrinha Lua! Além da entrevista comigo, teve replicação de dois poemas de cada livro lançado e videopoemas da Amanda Ribeiro. Um primor. Eu soltei a língua ao responder às questões propostas pela Taciana Oliveira. Obrigada!
Autor: Ana Elisa Page 21 of 96
As crônicas já começaram a sair neste ano novo. Depois daquela do Rascunho sobre livros e filmes, pintou esta, no Blog da Relicário, sobre livros abraçáveis e um amigo que traz encomendas na mala. A ideia é ter assunto para mais um ano inteiro. Vamos nessa?
O grupo Infortec, liderado pelo querido amigo prof. Vicente Parreiras, me fez um convite, ainda em 2021, para lançar meu Doida pra escrever por lá, no badalado canal deles. Topei, mas não dava mais para ser naquelas datas, o ano já quase findava, e marcamos então para o começo de 2022.
A Mônica Baêta foi a animada mediadora desse papo, que rolou hoje, com algumas dezenas de pessoas atentas e fazendo boas perguntas. Não sei se deu para responder a todas, mas tentei. É sempre uma delícia falar de livro, leitura e escrita.
O réveillon passou, isso sim, mas o ano patina. Nos 15 primeiros dias de janeiro, em Minas Gerais, só tragédia. Chuva além da conta, instabilidade geológica, pessoas desabrigadas e mortas, paredão de cânion em Capitólio, pandemia resistente etc. Difícil. E as tragédias, quando não são diretamente com a gente, chegam perto. Conhecidos, amigos, alunos e alunas sofrendo os horrores do excesso de água ou de tristeza. Mas seguiremos. O dia amanhece e não tem jeito.
Nesses 15 dias já tive notícia da minha crônica do Rascunho, dando dicas de filmes sobre livros e de um livro sobre filmes sobre livros, sacaram? Uma delícia. Também demos andamento ao processo seletivo para mestrado e doutorado no Posling CEFET-MG. Por enquanto, bom prognóstico. Coisas boas que ainda vão se confirmar, conquistas resultantes de trabalho incessante, poesia escrita, livros a virem à luz. Calor, hoje. Uma bela viagem por vir, se a pandemia arrefecer um pouco. Visitas de amigos e amigas queridos. Abraços medrosos ainda. Filho crescendo e amadurecendo.
Ainda não entendi como a vida ficará. Ainda estou no segundo semestre letivo de 2021, terminando em 18 de fevereiro, que não chega nunca. Depois disso, finalmente, férias decentes (será?). No entanto, é comum que a desorganização institucional corriqueira nos obrigue a trabalhar nas férias, preenchendo formulários, avaliando pedidos e processos, planejando atividades. Um absurdo infelizmente comum. Vou evitar valentemente. Não entendi ainda como as aulas presenciais voltarão, em que condições, com quantas pessoas vacinadas, com que infraestrutura. Terei de me reorganizar muito para não perder mais tempo e mais saúde. Deixa chegar. É um momento difícil por muitas razões, entre elas a dificuldade de prever e planejar, coisa que me angustia profundamente, esta virginiana de carteirinha. Que tenhamos saúde e ânimo para continuar bem.
Nos últimos tempos, andei falando sobre revisão de textos, mas dentro de uma especificidade: o texto literário. Há quem deteste fazer esse tipo de serviço, justo pelo caráter criativo e rebelde que poemas, romances e outros gêneros podem ter, mas há quem, como eu, adore esse possibilidade. De alguns anos para cá, tenho tido boas e interessantes experiências lendo e comentando os textos de pessoas que se lançam como escritoras ou que já são experientes nessa praia. Gosto desse gosto. Bom, mas a experiência alimenta a reflexão; e vice-versa. Assim, alguns ensaios saíram aqui e ali:
Com a Jéssica Soares, mestranda do Posling CEFET-MG, tive a oportunidade de refletir sobre aspectos da revisão que vão além das palavras, e são tão importantes quanto qualquer outro, em especial para certos domínios, como é o caso da publicidade, que goza desse senso de liberdade e intimidade com a língua que se aproxima da literatura, em alguns momentos. Publicamos na revista Informação em Pauta, da Universidade Federal do Ceará, depois de discutirmos as ideias deste texto num congresso internacional, o SITRE, em BH.
Junto com Márcia Romano, também mestre pelo CEFET-MG, organizei o livro Além da Gramática (Artigo A, 2021), com capítulos de várias pesquisadoras que também são profissionais da revisão, em âmbitos diversos. Meu capítulo se chama “Correção e transgressão na revisão do texto literário: notas sobre um conto de Maria Valéria Rezende”, que sistematizou (mais ou menos) o que eu já havia dito em uma palestra para a Academia Mineira de Letras.
Com enorme alegria, participei como editora convidada da primeira revista Gutenberg, da Universidade Federal de Santa Maria (UFMG). A querida profa. Cláudia Bomfá me fez algumas encomendas ótimas e meu texto acabou cabendo no periódico. Nele também discuto a revisão do texto literário, “outras margens” e algumas experiências.
Há alguns textos acadêmicos, estudos mesmo, sobre revisão literária, mas não são tantos assim. Talvez a experiência também seja mais restrita, assim como a oportunidade de falar sobre ela e sobre o aprendizado para executá-la. Não vejo como uma pessoa que não lê literatura possa revisar literatura. Há ali uma compreensão que excede a pura técnica, se existe alguma. Espero ter contribuído, inclusive a partir de outras leituras.
Fui procurar um artigo para copiar o link para uma pessoa e topei com esta resenha produzida por um mestrando da UTP, no Paraná, o Jean Marcos Frandaloso. Está num espaço chamado Resenha Crítica. Fica meu agradecimento pela atenção ao meu livro Multimodalidade, textos e tecnologias, lançado pela amada Parábola em 2021.
Além de pôr de pé uma revista científica, a Vinco, dedicada aos estudos de edição, eu, Renata Moreira e Paula Marín Colorado aprendemos muita coisa sobre colaboração e sororidade. Em 2021, fizemos nascer dois dossiês, ou melhor, um dossiê em duas partes sobre Mulheres na Edição. Deu trabalho, além da conta, mas foi fantástico. E aqui estão:
O registro de minha conferência no III Encuentro Latinoamericano del Libro, la Edición y la Lectura, acontecido em Bogotá, Colômbia, virtualmente, em outubro de 2021. A tradução ao castelhano é de Paula Colorado.
Sempre gostei de resenhar. Acho importante para quem lê, como organização do pensamento, e para quem é resenhado, que pode gostar de ver seu livro comentado. Resenho sempre, há tempos. E em 2021 foi a vez de registrar minha leitura do livro de Eurídice Figueiredo, da UFF, para a revista Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea, da UFRJ.
Depois que a gente participa de um evento da ABRALIN, a gente pode submeter artigos à revista Cadernos de Linguística. E lá fui eu. O texto versa sobre pandemia e educação com mediação digital.
Sabe quando a gente se diverte escrevendo um texto? Mesmo que ele seja científico, que é coisa que bastantes pessoas acham incompatível. Pois eu me diverti escrevendo este texto sobre multimodalidade e memes. Ele saiu na revista Texto Digital (UFSC), num dossiê lindão organizado pela profa. Vânia Barbosa e colegas.