O ano agora engrena? Passou a folia e já estou à espera de uma rotina em que a constância signifique organização e bons encontros. As aulas começam aos poucos, os alunos e as alunas retornam, nossa burocracia dá as caras, a sala de aula com ventiladores novos! Essa me surpreendeu.
A primeira palestra do ano foi em janeiro, com colegas do Piauí. Em fevereiro, o papo será na UFMS. Não quero frustrar as expectativas. O convite foi muito simpático e o tema me é caro.
A transmissão gratuita será pelo YouTube, no canal da AGEAD.
Uma orientanda muito querida, a Cecília Castro, pesquisadora e editora, militante feminista, tinha o sonho de participar do Fazendo Gênero, um congresso enorme que sempre acontece em Florianópolis, SC.
Eu conhecia o evento, mas olhava com certo distanciamento. Ficava pensando que não estudo gênero a ponto de ir parar lá, e que talvez “apanhasse” daquela multidão de gente especialista.
Só que a Cecília é muito animada e engajada e me convenceu de que deveríamos não apenas participar com apresentação de trabalho, mas propor um Grupo de Trabalho e coordená-lo! E fomos nós enfiar os estudos de edição em mais este congresso, abrindo espaços institucionais e discursivos que sabemos que são importantes.
Já que decidimos empreender, resolvemos também chamar uma querida colega e parceira argentina, a pesquisadora e professora María Belén Riveiro, da Universidad de Buenos Aires e do Conicet, que é sempre muito generosa conosco. E ela topou!
Fomos as três elaborar nossa proposta, submetê-la, cruzar os dedos. Fomos aprovadas. Daí passamos a divulgar nosso GT como se não houvesse amanhã, com os cards que a organização produziu. Como as coisas ainda não estão muito normais, nem mesmo em termos de financiamentos e deslocamentos, passamos certo aperto com isso, mas, finalmente, ACHO que nosso GT emplacou e deve acontecer.
Hoje fiz a avaliação dos trabalhos submetidos e tive a alegria de ver lá pessoas de várias partes do Brasil e da América Latina, com trabalhos surpreendentes. Cavar esses espaços de discussão sobre um tema que tem interesse tão específico e gente tão esparsa… é uma conquista e tanto.
Esperamos estar na programação de julho e brindar esse encontro, com trocas alentadoras e relevantes para todas.
Me inscrevi com um trabalho mais especulativo, que questiona o que acontece quando as mulheres chegam aos postos de poder no campo editorial. Porque… sabemos que não basta ser mulher para que haja efetiva mudança.
Espero ter notícias alegres sobre esse encontro bonito em Floripa.
Em 2023, dei um curso breve sobre literatura contemporânea escrita por mulheres na formação de escritores Metamorfose, dirigida pelo Marcelo Spalding. Daí decorreu uma entrevista que dei à Kethlyn Machado, que gerou esta matéria publicada no Escrita Criativa. Convido à leitura. É sempre um assunto candente esse das mulheres, a escrita e a publicação.
Férias. Meu plano ambicioso é dormir muito, quanto o corpo quiser, e estudar. Melhor dizer LER, porque pode ser para estudo ou não. E é o que tenho feito. Na paz, dentro do possível. No entanto, vou suspender minhas merecidas férias por algumas horas já em janeiro. É que não resisti ao convite simpático de colegas do Piauí. Vejam só:
Vê se dá para resistir a esse tema? Topei feliz e depois voltarei para minhas férias, que logo terminarão porque os dias letivos começam em fevereiro no CEFET-MG. É isso que dá atuar em três níveis de ensino! Não é mole.
Estou armando várias coisas legais para 2024. E, claro, deixando espaços para o imponderável. Se minha saúde e a das pessoas amadas deixar, tudo haverá de acontecer e dar certo. Tem cursos breves, disciplinas interessantes, grupo de estudos, publicações, eventos em BH e fora, parcerias legais. Que assim seja!
A Autêntica Contemporânealiberou a publicação do conto “Dois Pontos” na página da Molla, uma mostra de escritoras latino-americanas que aconteceu em Lisboa, no finalzinho de 2023. É uma oportunidade de degustação.
O conto já tinha sido publicado na antologia20 contos sobre a pandemia de 2020, organizada por Rogério Tavares, pela Autêntica. Depois abriu a coletânea Causas não naturais, que lancei no apagar das luzes de 2023. Fica a dica para um breve mergulho nesta narrativa. Quem sabe dá vontade de ler o livro todo? 😉
Já no apagar das luzes de 2023, soube da publicação de um ensaio breve na revista Contexto (UFES), escrito a partir de uma fala em um evento da pós por lá, a convite do colega Vitor Cei. É uma reflexão que leva em consideração a formação em Letras e aspectos da edição durante a crise sanitária.
Paula esteve no CEFET-MG em 2023, a nosso convite, para um curso rápido no Posling e uma participação no I Encontro da Red Latinoamericana de Cultura Gráfica e III Rastros Lectores, organizado localmente pela UEMG e pelo CEFET-MG. Traduzir este texto dela foi uma das ações combinadas. A publicação na revista Gutenberg coroa o trabalho.
Registro também minha participação na organização deste número, a convite da querida colega Cláudia Bomfá.
O finalzinho de 2023 ainda guardou algumas surpresas… mais ou menos surpreendentes. Tive encomendas legais ao longo do ano e sabia, claro, que alguns textos estavam em fase de editoração, mas não tinha certeza de quando viriam à luz. E alguns vieram. Um deles foi minha crônica mensal no jornal Rascunho, que deu uma atrasada atípica, mas rolou. Exímio datilógrafo é um texto cheio de memória e afeto.
[Troquei meu teclado de computador por um novo, mas como isso me irrita! Gente do céu! Alguns sinais mudam de lugar e eu fico feito doida. Cadê minha interrogação? (Vejam que já achei) E este Delete pequeno? Afff, mas vamos nessa. O outro estava com as teclas “agarrando” e digitava um monte de aaaaa e eeeee e as pessoas achando que eu sou muito efusiva na hora de escrever. Não, gente, era só um teclado gasto.]
Bem, eu já tinha registrado aqui a publicação do número novo da revista argentina Intersticios, de Córdoba, que me deu uma alegria grande porque também coroa uma colaboração e um posdoc que andei fazendo por lá. Adoro fechar contas e passar réguas.
2023 foi produtivo, mas me deixou na boca um gosto de desorganização e correria que eu não quero que se repita em 2024. A ver. Tem coisa que engole e atropela a gente, né? Vamos tentar controlar. Que seja um ano novo feliz para todos*as.
A revista argentinaIntersticios acaba de sair com um dossiê intitulado “Escribir en-desde el intersticio: resistencias y transgresiones escriturales en América”, organizado pela editora convidada profa. Magdalena González Almada, da Universidad Nacional de Córdoba. É uma enorme alegria ter um artigo aprovado nesse contexto, resultado de pesquisas sobre edição e gênero. O texto está em acesso aberto e pode ser baixado aqui.
Este livro lindíssimo, um volume de algumas centenas de páginas, organizado pela profa. Marina Garone Gravier, da UNAM, reúne pesquisadoras de várias partes do mundo que investigam a edição e as mulheres. Contribuí com o capítulo intitulado “Editoras brasileñas en el siglo XX: un legado bajo raros rastros”, que escrevi com enorme gana, a partir das investigações que temos feito no CEFET-MG, fomentadas pela Fapemig. O volume foi publicado por um hub de editoras universitárias e pode ser adquirido na Uniandes, da Colômbia.
Notícia e entrevista com Marina Garone Gravier no El Universal, do México.
No Excelsior, um dos mais importantes veículos mexicanos.
E nosso livro segue sendo lançado América Latina adentro. Agora será na Feira do Livro Universitário: