A Escola do Judiciário e o TJMG, junto com a Academia Mineira de Letras, estão realizando esta belezura chamada Vozes Poéticas de Minas: vídeos com entrevistas e leituras de poetas mineiros/as. Lá estou eu neste primeiro da terceira temporada. Grata a todos/as os/as envolvidos/as.
O convite foi publicado aqui e no canal deles é possível assistir às leituras, por mim e pela jornalista Silvana Monteiro.
Pouca gente sabe, mas é o segundo livro de contos que lanço, desta vez com textos de mais fôlego, mais graves também e por uma editora grande, agenciado pela Agência Riff. Vejamos qual será a trajetória do livro, levando a autora a reboque. Assim espero. Ou o contrário?
É sempre uma alegria pôr um livro literário no mundo. Quer dizer… uma alegria misturada a muitos outros sentimentos, entre eles certo temor de que as coisas não andem bem. Mas vamos lá, coragem.
O volume reúne 16 contos permeados pelo tema da violência e da morte. A capa foi feita sobre arte de Hiroki Kawanabe (Japão), com design de Diogo Droschi. Edição de Rafaela Lamas e trupe da excelente Autêntica Contemporânea. O livro está fácil de alcançar, em livrarias de todo o país e pelo site do Grupo Autêntica.
Na UFMG Educativa, em áudio. Eles sempre dão uma força enorme.
O primeiro lançamento aconteceu em Goiânia, na simpática livraria Tekoá, com mediação da editora e jornalista Larissa Mundim. O segundo foi na livraria Jenipapo, na Savassi, em Belo Horizonte, com mediação da professora Maria do Rosário Alves Pereira. Dois momentos gostosos. E sigamos para os próximos.
Lá pelos 47″, a profa. Maria do Rosário trata de um conto do Causas não naturais em um evento acadêmico chamado SimLer, na UFPI. Vale ouvir o que ela diz em sua linda análise.
Tenho tido uns retornos interessantes sobre o CNN, a maioria a respeito dos contos mais pungentes: o das barragens, o dos dois irmãos que se despedem da mãe… algumas pessoas dizendo que ficaram sem fôlego; o delegado da Homicídios da Polícia Civil me disse que se emocionou com o conto do cachorro (imagina!); uma jornalista me disse que o primeiro conto tem uma virada genial (adorei); um conhecido nas redes gostou exatamente dos contos mais leves e irônicos, como o da consulta médica; por aí vai.
No Clubelivrismo, no Insta, um comentário bem legal.
Agora o rolê será em Porto Alegre, dezembro de 2023: um bate-papo na UFRGS, mediado pelo prof. Guto Leite, e outro na livraria Paralelo30, com a escritora Lélia Almeida.
No Insta da Ludimila Moreira, um comentário muito caprichado. Isso deve gerar um lançamento em Brasília. Quem sabe?
Em maio de 2024, foi a vez do lançamento em Brasília, na livraria Circulares. O evento foi seguido de uma oficina de revisão do texto literário. Tudo muito intenso e animado.
Finalmente, conheci pessoalmente a escritora Paulliny Tort, que admiro tanto pela autoria de Erva brava, e a crítica literária Ludimila Moreira, que foi mais do que uma cicerone. O bate-papo na livraria Circulares foi longo e produtivo. Além delas, várias outras pessoas do livro e da literatura vieram conversar e compartilhar experiências. Voltei para BH cheia de livros para ler.
Dei também uma passadinha pela Rádio Senado para conversar com Anderson Mendanha, que preparou um papo muito legal. Pode ser escutado no Spotify e no site da RN também.
Foi uma semana curiosa, com muitas surpresas vindas de onde eu não esperava. Primeiro o ator Antônio Fagundes faz uma leitura de um poema do Álbum (Relicário, 2018), mostrando a capa e tudo. Foi num domingo, quando Fagundes sempre põe um poema no ar para dar as boas-vindas à semana. Umas pessoas começaram a me marcar e eu fui entender o que se passava. Quase caí para trás. E lia bonito, ó.
Daí alguns dias, uma amiga do Rio, a designer Cláudia Mendes, me avisou pelo zap que estava em uma palestra da Academia Brasileira de Letras e pá: a professora Marisa Lajolo acabara de rasgar elogios ao Romieta & Julieu (RHJ, 2021). Tá logo aqui, lá pelos 40 minutos. Caí pra trás de novo! Haja coração.
É isso, a literatura dá asas, ela, sim. Não sei como esses livros chegaram a esses leitores tão especiais e que fazem ainda o bem de divulgar nosso trabalho para um público amplo. Fiquei muito honrada e feliz.
Está na hora de as professoras e os professores da educação fundamental escolherem as obras literárias que chegarão às salas de aula. Deixei recado para todo lado: redes sociais e contatos de zap. Quem sabe estes dois queridos alcançam leitores e leitoras mirins?
O Sua mãe foi publicado pela Autêntica em 2011 e vem tendo atenção desde então. Com a mudança de nome do selo, ele passou a sair pela Yellowfante, mas continua lindamente editado pela mesma editora, sob a batuta da amada Sonia Junqueira. Já o Pulga, como carinhosamente gosto de chamá-lo, foi publicado em 2017 pela Gulliver, editora de Divinópolis regida pelo queridíssimo Joubert Amaral.
Os dois livros estão aí para serem vistos e escolhidos. E eles têm algo em comum: têm crianças pequenas como protagonistas (ambas inspiradas no meu filho Dudu, hoje já universitário) e levam a linguagem muito a sério, mas com humor e graça. O garotinho do Sua mãe é menorzinho, está aprendendo a falar e se confunde todo. O menino do Pulga atrás da orelha é maiorzinho e está naquela fase da perguntação, deixando a mãe doidinha, mas de uma doideirinha boa.
O Sua mãe foi ilustrado pela Rosinha, do Recife, e teve um processo em que só vi o livro pronto. E me encantei. O Pulga foi ilustrado pelo Flávio Fargas, mineiro, que eu já conhecia porque tinha sido meu aluno de mestrado! Um luxo ter esses dois dando corpo e cor aos meus livros.
O Guia do PNLD está aqui, ó. Tomara que o Sua mãe e o Pulga atrás da orelhaseduzam muita gente, grande e pequena. 🙂
Por estes dias, respondi a um pingue-pongue enviado pela turma boa da São Paulo Review, revista que vi nascer e que prezo muito. Foi pá-pum, de um jeito gostoso. E respondi ranzinzamente, mas com boa intenção. Aí, ó.
Saiu! A princesa nada casadoira vem aí com seus pretendentes azarados e seu pai autoritário. Não adianta chiar, papi, a menina sabe o que quer e o que não quer.
Vários perfis do Insta têm mencionado o livro, falado dele com carinho, feito minirresenhas, mostrado fotos com crianças.
Durante o FLIBH, em novembro de 2023, tive oportunidade de participar de uma roda de leitura em que ele esteve no centro do palco. Foi ótimo. Estavam lá talentosas autoras e ilustradoras. Um casal veio falar comigo que adorou, que queria dar de presente a uma sobrinha, mas que… era desconstruidão demais para os pais da menina, muito conservadores. Que pena, né? Nem leram e já acham. Mas vamos nessa que nossa Princesa tá bem feliz com suas escolhas.
No primeiro dia de dezembro de 2023, tive a alegria de duas resenhas no Insta: a da Paula Belmino, que diz: “Um livro inteligente e muito interessante para refletir também sobre empoderamento feminino permitindo que a mulher ocupe qualquer lugar na sociedade”; e a do Tiago de Carvalho: “Neste reconto hilariante e moderno, a autora nos presenteia com uma visão única e vibrante de uma história popular do Vale do Jequitinhonha, MG, intitulada ‘O Couro de Piolho’. O enredo gira em torno de uma princesa, longe dos estereótipos tradicionais, que desafia as convenções sociais e recusa categoricamente a ideia de casamento”. E mais: “Uma jornada de humor, empoderamento e ciência monárquica, onde o amor próprio, a determinação e a inteligência prevalecem sobre os clichês antiquados. Inusitada e encantadora, repleta de risos e reflexões que desafiam as expectativas e oferece uma perspectiva suave sobre os contos de fadas tradicionais“. Nó, que alegria essas leituras. <3
A incrível Juliana Pádua falou superbem dele no Insta, ó. Disse bem assim: “tô rachando o bico”.
Ótima notícia sobre nossa princesa: finalista do prêmio nacional da AEILIJ, que é a Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil. No site deles dá para ver.
Nós já tínhamos liberado o pdf do livro Edição. s. f. desde que o impresso se esgotou. Essa é nossa ideia na Entretantas Edições. À medida que os títulos se esgotam na versão de papel, a gente põe na roda a versão digital (pdf), garantindo que ele possa ser lido e citado, desde que mencionada a fonte. Este primeiro livro apresenta um verbete expandido, produzido a muitas mãos, que tenta definir o que é edição.
Agora é a vez de liberar o nosso Como nasce uma editora, que também se esgotou em papel. Em um curto período, esse livro fez uma história bonita, indo parar nas mãos de muita gente e encontrando tradutoras ao espanhol no México e na Argentina. Novas versões bilíngues vêm por aí. Nosso CNE também provocou palestras e cursos, nos quais pudemos falar sobre as questões que ele aborda, isto é, o surgimento das editoras, em especial as independentes, e o das mulheres editoras.
Agora é hora de pôr para jogo nosso terceiro título, também colaborativo, mas desta vez num projeto mais robusto. Chegou Mulheres que editam, uma minipédia com 125 nomes de mulheres que editam no Brasil, com breves verbetes escritos por 22 mulheres. É claro que esse é um universo pequeno diante do que se pode encontrar no país, mas já é um começo. Fica a provocação para que contemos melhor esta história. E com mais justiça. Em alguns meses, teremos nosso pdf livre.
Semana começando e fica próxima a viagem a Lima, capital do Peru, por motivos muito lindos: o livro e a poesia. Como sempre, meus poemários me levando em suas asas de papel.
Desta vez, participarei da Feira Internacional do Livro de Lima em pelo menos duas ocasiões (além dos rolês para conhecer e comprar títulos, claro): uma será uma mesa que comemora os dez anos da editora Amotape Libros, pela qual sai meu primeiro livro integralmente traduzido a outra língua e que circulará em outro país; a segunda participação será justamente em razão desse lançamento, que acontece depois de um longo trabalho tradutório do livroÁlbum, lançado no Brasil em 2018 pela maravilhosa Relicário Edições, da Maíra Nassif. Com o apoio da Biblioteca Nacional, em seu programa de traduções, e da Embaixada do Brasil no Peru, a Amotape conseguiu esta proeza. É uma alegria grande para uma poeta como eu, que sempre circulei pela periferia do sistema literário brasileiro.
Acaba de sair o artigo sobre a relação das academias de letras com as escritoras, texto que produzi no âmbito do projeto de pesquisa que coordeno sobre editoras em Minas Gerais, com financiamento e apoio da Fapemig desde 2018. É esse projeto, aliás, que faz nascer o grupo de estudos Mulheres na Edição, nossa querida oportunidade de ler e debater todo mês, além do acordo de cooperação com a Academia Mineira de Letras.
O artigo se intitula “Academias de letras e escritoras: barreiras e mudanças no século XX e um caso em Minas Gerais” e foi publicado pela excelente revista Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, da Universidade de Brasília. Foi bem gostoso escrevê-lo porque, mais uma vez, me debrucei sobre um arquivo, li documentos e investiguei indícios por meio dos discursos de posse da AML. Contei com o apoio inestimável da estudante de Letras Camila Dió, bolsista de Iniciação Científica do CEFET-MG sob minha orientação naquele momento.
Dia 25 de maio, no auditório da Academia Mineira de Letras, será lançado o número 83 da Revista da AML, em versões impressa e digital, ambas de distribuição gratuita. Para este número, tive a honra de organizar, a convite do presidente da AML, Rogério Tavares, e juntamente com ele, um dossiê sobre poesia contemporânea mineira/brasileira (porque daqui se vê o mundo).
Reunimos vários e várias ensaístas, a maioria do CEFET-MG, para escrever sobre um importante conjunto de poetas de Minas, mostrando também parte de seus versos. É claro que assumimos riscos nessa escolha, mas toda antologia é também contingente. Que seja um número marcante. Baixe livremente!
Matéria no Pensar, Estado de Minas, sobre o lançamento.