Autor: Ana Elisa Page 23 of 96

Acaba logooo!

Este é um site de trabalho, que tem um blog de trabalho. Não que eu não possa me divertir também, mas não sustento esta pracinha virtual apenas para me regozijar. Mas e este ano que não acaba!?

A semana que passou foi de bancas, bancas, bancas. É sempre assim e não tem muito conserto. Os finais de semestre coincidem com os fins de prazos para tudo e as pessoas correm. Correm, correm e nos fazem correr também. Por alguns instantes, pensei que não daria conta. Mas dei. Às vezes a semana fica tão apertadinha, uma espécie de Lego, e é sorte que nada saia do lugar. Se uma coisinha desandar… despenca tudo. Mas deu.

As bancas foram de assuntos muito diferentes e deram certo. Todo mundo qualificado! Ê! Minha instituição, outra em Goiás e outra no Paraná. E eu neguei outras duas… por razões óbvias. Eu adoraria ter lido um trabalho sobre revisão de textos que foi defendido no Rio Grande do Norte e curtiria participar de uma qualificação cefetiana… mas, gente, é humanamente impossível. Porque além das bancas… tem as aulas, as tarefas sendo entregues, os/as estudantes ansiosos/as, o serviço doméstico, o filho terminando o ano, a família pedindo atenção, os projetos outros. Não consigo, eu disse. Mas algumas pessoas parecem não acreditar!

Bom, a despeito da pandemia e da peste maior que está no governo, o ano foi produtivo, cheio de afetos e realizações. Espero que 2022 seja melhor, com ar mais fresco e gente mais disponível ainda para coisas legais. Temos a chance de mudar tudo… será? E que a saúde impere. Boas festas!

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Texto novo do Rascunho

Saiu o texto do mês no Rascunho. Teve gente que me disse que eu estava irada, arretada, afiada e quetais, mas não. Eu só queria pensar alto, com alguma coerência e precisão. Não queria atacar nem menosprezar. Queria apenas dizer coisas que traçam uma espécie de lógica, coisas que acontecem, mas que a gente camufla, ignora, ameniza. Não estava raivosa, rugindo ou rosnando. Estava trabalhando nas conexões. E às vezes é preciso estar mais energizada mesmo pra o motor pegar. Vai. Tem hora que é preciso dizer uns lances, ligar lé e cré. Tento. Fal(h)o. Está entregue.

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XII Seminario Internacional. Redes Públicas y Relaciones Editoriales

A semana que passou foi corrida e intensa. Fui a São Paulo pela primeira vez depois que a pandemia começou (e nunca mais deu folga). Havia sido também minha última viagem antes da crise sanitária. Voltei principalmente para ver pessoas, reencontrar amigos(as), desvirtualizar amizades. E assim foi.

Uma sequência de encontros começou na quarta, depois da nossa chegada (eu e Sérgio), com Renata Borges, editora da Peirópolis, e companhia limitada, incluindo André, Aline e mais. Também aí a Mônica Carvalho, da Livraria da Tarde, que nos recebeu para um lançamento afetuosíssimo. Pintaram lá parte do conselho do Jabuti, o cunhado Cau, a Mariana Ianelli (uma das poetas da coleção), a Alessandra da UFSCar, entre outras pessoas. Depois um encontro com a Ildney Cavalcanti (UFAL), numa coincidência ótima de viagens e trajetos. Lojas, instituições, livrarias. Almoço com o conselho quase todo do Jabuti, bate-papo animado com a Laura Del Rey (da Puñado, peguei a minha!), pizza com tio e prima, mais almoço. Ufa!

Para encerrar, aí, sim, um evento acadêmico: o seminário internacional teve o tema das “Mujeres en la historia de la edición: investigación, alianzas y redes” e o convite me honrou muito. Estive, virtualmente, entre colegas da Espanha, do Chile, do México e de outros países, todas e todos investigadores das mulheres no campo editorial. Foi tenso por conta do fuso horário e do meu voo de volta para casa, mas deu tudo certo.

O evento aconteceu na Barcelona School of Management, neste link. Não ficou gravado, pelo que sei. Aqui é possível baixar a programação. Tratou-se de um evento também da EDI-RED, que mantém este belo portal.

Foi a tal da chave-de-ouro. Mas o ano ainda não acabou.

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Visitinhas sampaulinas

Notas, pretextos, desejos, dívidas, muita coisa a fazer nestes dias em São Paulo, depois de bem mais de um ano sem passar por lá. Foi a última cidade em que estive exatamente antes da pandemia. Lembro que a notícia já chegava forte, andar pelo aeroporto sem máscara já era esquisito e algumas pessoas já zanzavam de rostos cobertos. Foi estranho, mas não dava para imaginar que duraria tanto e que tanta gente perderia a vida neste episódio horrível da nossa história.

Neste retorno, farei algumas visitas importantes porque, mesmo com pandemia, muita coisa aconteceu nesse intervalo:

-> Visita à Parábola Editorial, minha casa do coração, por onde publiquei meu quarto livro neste 2021. É sempre pouco dizer da minha gratidão e da minha admiração por eles.

-> Saidinha com o conselho curador do Prêmio Jabuti, do qual fiz parte este ano. Trabalhamos o tempo todo a distância, agora temos uma oportunidade de nos ver, de falar de perto (de máscara), de estar juntos.

-> Visita à Peirópolis, outra editora do coração, com a qual trabalhei na Biblioteca Madrinha Lua, uma coleção de livros de poesia contemporânea escrita por mulheres que acaba de chegar. Tá uma beleza! Vou lá falar com a turma, agradecer a Renata Borges pessoalmente.

-> Rever minha prima Sandra e meu tio Fábio, se eles puderem. Há tempos não comemos uma pizza na capital paulista.

-> Rever a Ildney Cavalcanti, colega do grupo A Mulher na Literatura, da ANPOLL, que estará em SP vinda de Maceió (o mar mais bonito que já vi de perto). Foi uma coincidência boa esse encontro no mapa. Foi ela que me incentivou a pedir credenciamento no grupo e me acolheu sempre. E é um grupo que me deu muito já.

-> Ver Gabriela Serenini, quem sabe? É minha orientanda de doutorado aprovada durante a pandemia… então nunca nos encontramos! Vamos ver se dá. Depende da agenda dela.

-> Conhecer, enfim, a Mônica, da Livraria da Tarde, onde faremos o primeiro lançamento da coleção da Peirópolis. Isso vai ser fino! Ela é mineira como eu e apaixonada pelos livros.

-> Visitar outras livrarias, como a Megafauna, a Gato sem Rabo e a Travessa. Vou fazer um tour para falar do selo novo da Autêntica também, num projeto maravilhoso com a Rejane Dias e a Rafaela Lamas.

… e um espaço pro imprevisível.

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Biblioteca Madrinha Lua

Gosto de guardar segredo por um tempo, até que as coisas não possam mais dar errado, voltar, soluçar, emperrar. Tudo fluindo feito um rio caudaloso. Projetos coletivos são influenciados por muitas variáveis, mas tenho me embrenhado por muitos deles, em ótimas companhias, e assim eles tendem a dar muito certo, vingar feito planta em solo fértil. Foi assim com esta Biblioteca.

A ideia da editora Renata Farhat Borges, depois de editar a obra completa da poeta mineira Henriqueta Lisboa, era continuar dando sopros d’alma na poesia de mulheres. Daí veio o desejo de publicar poesia contemporânea na editora Peirópolis, sob um selo chamado Madrinha Lua, título de um livro da Henriqueta em 1952.

Quando Renata entrou em contato comigo, achei que fosse trote, depois pegadinha, depois um superpresente que eu ganharia da vida, neste momento tão estranho para o país e o planeta. Topei imediatamente, sem nem saber direito por onde começar. Mas era pura euforia, muita gratidão. Eu logo tomaria as rédeas do processo e iniciaria as listas, convites, leituras, propostas, ajustes. Reuniões com Renata, às quais se somaram Gabriela Araújo, nossa querida designer recifense, e Izabel, e Cristina, e Amanda, etc. Com um time desses, bicho?

Depois de meses trabalhando na coleção, que depois virou Biblioteca, porque pretende continuar… <3, eis que nosso lançamento da primeira safra já está perto. Aí vêm os quatro primeiros volumes, de quatro poetas maravilhosas, cada uma com seu traço, sua voz: Líria Porto (Araxá, MG), Regina Azevedo (Natal, RN), Adriane Garcia (BH, MG) e Lubi Prates (SP, SP).

Vamos ganhando as parcerias das livrarias, de outros e outras poetas, da imprensa, lentamente, até chegar a quem possa se interessar e encantar por esta poesia vivíssima. (A revista Vida Secreta já deu, ó!)

A BML tem um hotsite no qual é possível não só conhecer as poetas e os livros, mas também assistir a videopoemas (by Amanda Ribeiro maravilhosa) e encontrar elementos que falem à escola e à educação.

Em fevereiro de 2022 teremos os próximos quatro livros: de Amanda Ribeiro Barbosa (MG), Fernanda Bastos (RS), Marília Floôr Kosby (RS) e Mariana Ianelli (SP). E a nave seguirá.

Então: a coordenação da BML tá comigo, mas o tempo todo em diálogo com a Renata Farhat Borges, idealizadora deste projeto lindo. Também em diálogo com a Gabi, do design, a Amanda, dos vídeos, as próprias poetas, suas prefaciadoras e a turma toda da Peirópolis.

Um salve à Peirópolis e a todas as editoras que publicam poesia!

Na Vida Secreta.

Na Rádio UFMG Educativa, Universo Literário. Link para o Soundcloud.

Lançamento de Mariana Ianelli em São Paulo, na Livraria da Tarde, com Simone de Andrade Neves. Na ocasião, falamos também na CBN.

Mais um selo Altamente Recomendável pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Desta vez, pelos lançamentos de 2022.

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Revista da AML n.80

Neste sábado, fui até a sede da Academia Mineira de Letras, aquele edifício lindo na Rua da Bahia, pegar meu exemplar da Revista da AML n. 80, na qual saiu um belo dossiê inteiro sobre a literatura produzida por mulheres. O volume pode ser baixado neste link. Ficou muito interessante. Apareço como autora estudada e tive o privilégio de ter a atenção da profa. Natália Fontes Oliveira, da Universidade Federal de Viçosa (UFV).

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Empreende Letras 2021

Muito o que discutir neste evento sobre revisão de textos, formação e profissão. Sábado, 4 de dezembro, o dia inteiro. Convite da Hariele “Mestre da revisão”.

Quem quiser ver atrasadinho… tá aqui:

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Editor em ação

Mas agora mereceria se chamar EditorA em ação, neam? Porque vejam que coisa linda vai acontecer neste evento da ECO UFRJ!

Espia (e vale assistir ao segundo dia):

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Mais livros de acesso aberto

Mais dois livros de acesso aberto que podem ser boa bibliografia para quem precisa viver estudando. Aqui, Horizontes em tecnologia, ensino e sociedade, publicado pela editora do IFPR (vale ver o catálogo deles, aliás) e Tecnologia e novas mídias, pela Pimenta Cultural (também vale navegar por lá). Bom para compartilhar.

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II Semana de Letras CEFET-MG

Os eventos tipo Semana de Letras são bem comuns e tradicionais nos cursos de nossa área. O bacharelado do CEFET-MG demorou dez anos para começar, devido a milhares de dificuldades, mas começou. E tem jeito de que seguirá firme, apesar das correntes contrárias. A programação deste semestre está bem bonita. Livre acesso.

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Ana Elisa • 2020