Quase tive um treco quando recebi, na sexta-feira, 19, exemplares do novo livro, o Romieta e Julieu – tecnotragédia amorosa, que acaba de sair pela editora mineira RHJ. Brincando, brincando, já são vários livros com eles. E este foi uma experiência à parte. Tá aqui pra comprar!
Vou contar tudo hoje, no lançamento na Bienal Mineira, pelo Instagram. O papo será com minha querida e sabida colega, profa. Renata Moreira.
O querido Nathan Magalhães, editor da Moinhos, andou anunciando os livros a serem lançados em 2021. Vamos torcer para dar certo, né? Estou lá com meu novo livro de crônicas.
Esta semana tivemos uma notícia muito curiosa: o livro Dicionário de Imprecisões, lançado em 2019 pela Impressões de Minas, foi finalista do prêmio Jabuti na categoria poesia. Dedos cruzados.
O livro é ilustrado por Wallison Gontijo e tem design de Elza Silveira, que são também os editores. Foi um projeto bem conversado e afetuoso. Pode ser adquirido no site da editora e em muitas livrarias Brasil adentro.
E uma resenha fresquinha saiu no LiteraturaBR, pela escritora Isa Oliveira. Espia só.
A editora Impressões de Minas, com a qual colaboro no planner e por onde saiu meu livro de poemas mais recente (Dicionário de Imprecisões), inventou uma moda linda, ó:
A gente chega lá pr’uma reunião e toma café na caneca que tem trechos dos nossos textos! Não é um mimo delicioso?
Este livro foi a realização de um desejo muito afetuoso. Não apenas quanto ao bairro onde moro e onde passei a vida, mas quanto a algumas gerações da minha família, dos dois lados.
Renascença é minha narrativa sobre este bairro tradicional de Belo Horizonte, tão discreto quanto importante para o alvorecer da cidade. Aqui, temos estreita relação com o trabalho operário em fábricas de tecidos.
Escrevi sob encomenda – e me ofereci um pouco também! – do José Eduardo Gonçalves e da Silvia Rubião, diretores da coleção BH. A cidade de cada um, pela editora Conceito, em 2018.
Imagina se a gente diz não pra um projeto que envolve Carla Coscarelli e a diretoria da Editora da UFMG? É claro que eu estava dentro, né? O convite pra uma reunião com autores/as e ilustradores/as está rendendo até hoje!
A coleção Estraladabão (nome em homenagem ao escritor e professor Ângelo Machado) publica obras informativas infantis, gênero raro em nosso mercado editorial. Os livros são feitos a partir das perguntas de verdade que as crianças fazem no projeto Universidade das Crianças.
Eu escolhi, é claro, algumas perguntas do meu coração, e uma delas foi essa aí: O que é um livro? Tentei responder com poesia e precisão, já viram isso? Há outras sendo respondidas. A coleção inteira é uma maravilha.
Para ficar ainda mais especial, quem cuidou do projeto da coleção foi a Claudia Jussan, parceira de longa data nas editoras mineiras; e a ilustração do meu volume ficou a cargo de ninguém menos que a Anna Cunha. Strike!
Outra encomenda feliz foi esta pulga. A ideia, claro, veio da minha convivência com meu filho Eduardo. As conexões foram ter conhecido o Joubert Amaral, editor da Gulliver, editora de Divinópolis, MG, e o ilustrador Flávio Fargas, de BH, quando os dois se tornaram meus orientandos de mestrado! Não é sensacional? Além das belas dissertações que eles defenderam sobre o mercado editorial, fizemos algumas coisas legais juntos, como este livro.
O Pulga foi exclusividade do clube de leituraLeiturinha por seis meses, em 2017, depois foi liberado para venda. Está em catálogo! E já teve algumas reimpressões. Em 2020, foi do kit do Leiturinha de novo! Acho que o pessoal curtiu, hein?
Uma vez, participando de um evento literário em Bonito, MS, uma mãe e uma garotinha vieram assim pela rua com o Pulga na mão, pedindo autógrafo. Imagina se não morri de surpresa e alegria, né?
De vez em quando, a gente encontra leitores e leitoras, mediadores e mediadoras ajudando nossas perguntas a chegarem ao seu público. <3
Já falei do Por um triz na aba de Poema, mas ele cabe nesta aba de infantojuvenil porque foi uma encomenda da RHJ, corajosamente, quando eles perceberam que a poesia fica relegada a um segundo plano, nas salas de aula de estudantes jovens. Que pena! Projeto de Guili Seara para uma seleção de poeminhas e melodias, com apresentação do Dudu, meu filho, que tinha 11 anos.
Este livro é uma das maiores alegrias da minha vida. Um verdadeiro alívio!
Eu tinha ideia de escrever alguma adaptação da fabulosa e impressionantes Carta de Caminha, que a gente conhece na escola. E ficava matutando sobre isso, inspirada também numa propaganda de banco que vi, certa vez, em uma revista, quando o Brasil comemorou (?) os 500 anos do “descobrimento”.
Já tinha rolado até uma atividade de produção editorial em um curso de especialização que eu ministrava… e a ideia ia só crescendo e me incomodando.
Até que, um dia, a RHJ me ligou de novo, perguntando se eu tinha alguma ideia legal pra um público juvenil. Poxa, era a hora! Expliquei a ideia e eles disseram: pode fazer!
Meti bronca e entreguei pro Caminha um computador, lá em 1500. Fiz mil adaptações na linguagem e na forma; me diverti horrores.
O livro tem projeto dos irmãos (gêmeos!) Marcelo e Marconi Drummond, que captaram direitinho a vibe desta “tradução” intralingual na máquina do tempo, cheia de paradoxos e anacronismos, mas muito moderninha, tudo ao mesmo tempo.
As escolas entenderam a deixa, adotaram o Caminha; a moçadinha começou a ler e a querer falar comigo. Isso dá um trabalho danado, mas vale a pena.
O livro é vendido em editais de governo, inclusive o PNLD, em que ele foi aprovado recentemente. E ele continua em catálogo, no site da editora.
A editora RHJ e eu vínhamos paquerando. Um dia, a Zoé Rios, escritora, professora e dona da casa, propôs uma parceria. E lá fomos nós. É um livro para crianças bem pequenas, aprendendo a escrever, e cheio de referências digitais. Ilustrado pela Mirella Spinelli.